Alô, William Bonner! Alô, Fátima Bernardes! Que história é essa de anunciar, assim, como se nada fosse, no finalzinho do "Jornal Nacional" da última sexta-feira, que vocês estão saindo de férias? Não dava para ter preparado melhor o telespectador? Não dava para ter começado a semana dizendo que o William subiu no telhado e a Fátima foi atrás?
Em ano de Copa do Mundo e de eleições, nós, os da poltrona, ficamos grudados demais na barra da saia do casal, não ficamos? Como é que agora a gente se acostuma, de um dia para o outro, com a Sandra Annenberg e o Alexandre Garcia?
Acho bom a Sandra Annenberg ter deixado a fala açucarada para trás no "SPTV", porque no "Jornal Nacional" não tem espaço para aquele jeitinho Eliana de ser, que ela adora empurrar para cima da gente. Abra o olho, Sandra, que o Alexandre Garcia não é o Chiquinho, o ajudante da Eliana.
E, antes de ir gozar o merecido repouso, bem que o William Bonner poderia ter nos ajudado a desvendar um mistério: por que, meu Deus, por que em toda entrevista ao vivo no Palácio da Alvorada aparecem uns baita insetos voando na frente das câmeras? Teve uma hora, na entrevista que Bonner fez com FHC, que eu pensei que o presidente tivesse engolido uma muriçoca. Será que lá em Brasília não tem inseticida para vender no supermercado? É como dizem: muda isto e aquilo, mas as moscas continuam as mesmas...
E quem não viu a doutora Havanir em entrevista com o Pirata Urbano, do programa homônimo, perdeu o momento mais trash do ano na TV. Para quem não sabe, o Pirata Urbano é aquele apresentador que cospe tanto quando fala que nem dá tempo de perceber que ele tem o corpo coberto por tatuagens e piercings. A doutora Havanir, muito descontraída na fase pós-plástica, nem se tocou de que seu interlocutor falava com um paralelepípedo quente na boca. Ela só queria mesmo saber de contar que a criançada gosta mais dela até do que da Xuxa.
Falta carburar, ajustar, alinhar e balancear o novo "Roleta Russa", apresentado por Milton Neves. O mérito do programa são as perguntas, nada capadócias. Mas essa coisa de Neves ficar torcendo contra os candidatos só irá servir para acelerar o inevitável clichê de que a gente acabe querendo que o próximo a cair no fosso seja o próprio apresentador.
Termino com um chiste infame: Débora Secco tomou banho de chuveirinho. Você saberia dizer qual foi a manchete do dia seguinte? Moleza: "Débora Secco fica molhadinha".

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