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MADE IN BRAZIL
Revista analisa o mercado de discos do país
'Billboard' faz matéria sobre Brasil
free-lance para a Folha
Sexto maior mercado da indústria fonográfica mundial, o Brasil mereceu cobertura de dez páginas, no começo do mês passado, na revista norte-americana
"Billboard", especializada no
mercado fonográfico.
Com seis páginas de reportagens e quatro de anúncios de gravadoras brasileiras -incluindo
anúncio de duas páginas inteiras
de É o Tchan-, a revista traçou
um panorama do mercado de
discos brasileiros, com mostras
de vendagens dos principais artistas das grandes e pequenas
gravadoras do país.
Com um crescimento de 30%
nas vendas de 95 para 96, a expectativa do mercado é crescer
10% em relação ao ano passado.
Segundo a revista, "países do
Hemisfério Norte fariam qualquer coisa por esse índice".
"Com esse recente pacote econômico, talvez as vendas diminuam um pouco", disse John
Lannert, editor para América Latina da "Billboard", à Folha.
Nos Estados Unidos, por
exemplo, o crescimento anual do
mercado fonográfico gira em
torno de 2% ao ano.
Em países como França, Alemanha e Inglaterra, o índice é similar, segundo a IFPI (Federação Internacional da Indústria
Fonográfica), com sede em Londres.
Segundo Lannert, o Plano Real
é o principal fator do grande
crescimento do mercado fonográfico brasileiro.
"Foi a partir do Real, em 94,
que as classes C e D começaram a
comprar CD players e a consumir mais discos, principalmente
de pagode e de axé", afirmou
Lannert.
Segundo a revista, cerca de
70% das vendas de discos no Brasil são de artistas nacionais. "É o
maior índice entre os países latinos."
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