da Reportagem Local

Artes plásticas foi a área que atraiu mais empresas dispostas a investir em cultura no ano de 97. Das 40 pesquisadas para a tese de Fernando Fischer, 85% utilizaram pelo menos parte de sua verba de marketing cultural nesse setor.
Além da garantia de atingir um público de elite, tradicionalmente ligado à área, a estratégia de montar grandes exposições, como a de obras do pintor Monet, trazidas pela Petrobrás, bateu recordes de público para eventos desse tipo.
Em contrapartida, áreas mais carentes de atenção e recursos continuaram a chamar pouca atenção das empresas. O folclore e as tradições tiveram apelo para apenas 22,5% delas, enquanto a cultura negra interessou 10%, e a cultura indígena, apenas 5% do total, ficando em último lugar.
A música clássica, que é uma das prioridades em incentivo para o Ministério da Cultura e também uma atividade cultural tradicionalmente consumida pela elite, ficou em sexto lugar, interessando 62,5% das empresas.
A iniciativa privada também apostou nas ações ligadas à preservação do patrimônio, a área campeã de obtenção de recursos diretos do governo federal. Pelo menos 20 empresas investiram no setor.



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