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Astros "desfilam" de olho no Oscar
DA REPORTAGEM LOCAL
A frase "as estrelas são os filmes" do ex-diretor da Berlinale,
Moritz de Hadeln, era uma sinalização de que, em Berlim, mais importante do que a presença de astros de Hollywood, o que contava
era a qualidade das produções. O
novo diretor, Dieter Kosslick, em
seu segundo ano à frente do evento, tem assumido direção oposta.
Estrelas de Hollywood, como
Leonardo Di Caprio, Meryl Streep
e George Clooney, entre outros,
vão usar o festival deste ano como
trampolim para os concorrentes
ao Oscar, nomes que serão anunciados no dia 11, estrategicamente
no meio da Berlinale. Seis produções norte-americanas participam da mostra competitiva, a
mais importante do evento, que
também conta com "Hero", do
chinês Zhang Yimou, filme cotado como candidato a melhor produção estrangeira. Tal aproximação com a indústria americana
tem desagradado a críticos e programadores culturais alemães.
Entretanto, o Urso de Ouro raramente vai para Hollywood. No
ano passado, foi a animação japonesa "Sen to Chihiro no Kamikakushi" a vencedora. Mas com a
forte presença americana, é difícil
prever, mesmo que o presidente
do júri do festival seja o diretor canadense Atom Egoyan.
O Brasil tem uma participação
limitada neste ano. O curta "Plano Sequência" concorre na mostra competitiva, "Homem do
Ano", de José Henrique Fonseca,
é exibido no Panorama, enquanto
"Rua 6, sem Número", de João
Batista de Andrade, e "Amarelo
Manga", de Claudio Assis, participam do Fórum de Novos Cineastas.
(FABIO CYPRIANO)
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