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"Que Mistérios Tem Clarice" põe obra da escritora em cena
free-lance para a Folha
Além das obras de Teresa Ferreira e Ana Miranda, fragmentos de
crônicas, documentos, cartas, entrevistas, comentários e reflexões
da escritora Clarice Lispector podem também ser conhecidos no
palco.
Depois de uma temporada de
quatro meses no teatro do Museu
da República, reestréia no Rio a
peça "Que Mistérios Tem Clarice",
dirigida por Luiz Arthur Nunes.
Apresentada em primeira pessoa, com a atriz Rita Elmôr vivendo o papel da escritora, "Que Mistérios Tem Clarice" desenvolve sua
trama em uma espécie de sala de
visitas, onde a personagem discorre sobre histórias de sua vida e temas prediletos.
"A peça não tem uma linearidade
lógica. A sequência centra-se em
duas vertentes: na primeira, Clarice tenta contar uma história de forma curta e direta e até escrever como Nelson Rodrigues, porém falha
e retoma a subjetividade e temas
de suas obras", diz Luiz Arthur
Nunes, que também é um dos responsáveis pela adaptação do texto.
Em cena, Rita Elmôr -indicada
ao Prêmio Shell como melhor
atriz- expõe as visões de Clarice
sobre a literatura, o amor, as relações humanas, os filhos, a velhice e
a existência de Deus.
Com a preocupação de fugir à
simples récita de poesias, a cena
ganha a presença do ator Fidelys
Fraga, que vive personagens das
obras, entrevista, dialoga e interage com a escritora.
"Clarice era complexa e até incompreendida. Sua obra transcende, envolve pelos mistérios e desejos, como o de querer reencarnar
como leitora de seus textos", diz.
(CRISTIANO CIPRIANO POMBO)
Peça: Que Mistérios Tem Clarice
Quando: reestréia hoje, às 21h; quinta a
sábado, às 21h; domingo, às 20h; até 25/4
Onde: Teatro Glaucio Gill (pça. Cardeal
Arcoverde, s/nº, tel. 021/547-7003)
Quanto: R$ 15
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