São Paulo, quarta-feira, 05 de abril de 2000


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A verdade sobre os Beatles?


McCartney morreu em 1966; um sósia foi forjado em seu lugar; inconformado, Lennon espalhou pistas da morte do amigo nas capas dos discos; saiba mais sobre o maior dos rumores pop


LÚCIO RIBEIRO
da Reportagem Local

É claro que o livro-bomba dos Beatles, a sair em setembro, não vai contar. Mas a história já se incumbiu de espalhar aquele que seria o mais tétrico acontecimento jamais contado sobre os Beatles. Ou sobre a música pop, em sua completa existência, desde que o primeiro acorde de guitarra foi dado onde quer que seja.
Teria acontecido em 1966 e correu mundo em 1969. Tomando o boato como verdade, direto ao assunto: Paul McCartney morreu naquele 1966, decapitado em um trágico acidente de carro.
Para não chocar o mundo e não deixar a maior banda da Terra acabar, as gravadoras Capitol e EMI deram uma esfriada nas atividades da banda e arranjaram um sósia de Paul, um tal de William Campbell.
John Lennon, porém, não aceitou totalmente a farsa. E passou a espalhar dicas sobre a morte de Paul nas históricas capas de álbuns da banda.
O mito da morte do beatle mais querido pelas mulheres começou a ser divulgado em 69, depois que um jornal e uma rádio americanos soltaram a "lebre". A história tem sido exaustivamente negada por todos os envolvidos desde então, que a consideram um absurdo que não merece a mínima atenção.
Mesmo assim, as inúmeras pistas sobre a tal morte de Paul já renderam documentários, teses de mestrado e congressos. E livros. "Turn Me on, Dead Man: The Complete Story of the Paul McCartney Death Hoax", de Andru J. Reeve, e "The Walrus Was Paul", de Gary Patterson, são os mais famosos e podem ser encomendados no site da Amazon (Amazon.com) ou na livraria Cultura (tel. 0/xx/11/285-4033).
O "fato ou ficção" sobre a morte de Paul McCartney começou assim: em um popular programa da WKNR FM, de Detroit, o DJ Russell Gibb jogou a informação bombástica pelas ondas do rádio. Era 1969.
Segundo "fontes seguras e de dentro da indústria do disco", Gibb afirmava que Paul teria sido decapitado em um acidente de carro três anos antes.
Complicados ferimentos na cabeça teriam feito com que sua identidade só fosse reconhecida depois de uma verificação da arcada dentária do baixista.
Ainda em 1966, um concurso de sósia de Paul McCartney teria sido realizado na Inglaterra, mas o vencedor acabaria não sendo anunciado. Especulou-se depois que o "novo Paul" era um rapaz conhecido por William Campbell. O sujeito, que tinha fama na cidade por parecer mesmo com o beatle, nunca mais foi visto pelo lugar.


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