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ARTES CÊNICAS
Espaço é reaberto após um ano e meio de reformas e intenta unir espetáculos a conferências e debates
Teatro da Aliança Francesa pretende ocupação mesclada
PEDRO IVO DUBRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Mesclar espetáculos de teatro,
dança e música erudita a uma
programação pedagógica é a partir de agora a diretriz de ocupação
do palco do Teatro da Aliança
Francesa, reaberto depois de um
ano e meio de reformas.
O intuito de abarcar tanto realizações artísticas quanto projetos
voltados à educação -o espaço é
ligado a uma instituição que dissemina a língua e a cultura francesas- se reflete na segmentação
dos usos diários da sala.
"Na segunda e na terça, pretendemos ocupar o teatro com debates, palestras, conferências. De
quarta a domingo, haverá espetáculos. Tentaremos usar todos os
horários, como, por exemplo, sessões à meia-noite na sexta e no sábado", afirma Mário Martini, 50,
coordenador do espaço e operador de outros teatros na cidade
-o Hilton e o Renaissance.
As obras que mantiveram o
Teatro da Aliança Francesa fechado nos últimos tempos tiveram
basicamente o objetivo de atualizá-lo tecnicamente. "O projeto
acústico foi mantido, o palco também. Trocamos a maquinaria, a
iluminação, as poltronas, camarins foram refeitos", diz Martini.
Para marcar a inauguração da
nova fase, é encenado o trabalho
de teatro gestual "Aux Pieds de la
Lettre", da cia. Dos à Deux. Criado em 97, com um espetáculo homônimo, o grupo é formado pelo
brasileiro André Curti e pelo angolano Artur Ribeiro. "A peça trata do confinamento e da loucura,
do confinamento que pode levar à
loucura", afirma Ribeiro, 31.
Foram gastos cerca de R$ 2 milhões na reforma e na restauração
de todo o prédio em que se localiza o teatro e que abriga a unidade
da Aliança Francesa situada na
degradada -e com expectativas
de revitalização- região central
paulistana. Boa parte da verba foi
concedida pelo governo francês.
O projeto é assinado pelo arquiteto Alfieri Chiamolera Júnior.
Inaugurado em março de 64, o
espaço abrigou, entre outros
acontecimentos, direções de Antunes Filho e estréias de textos de
Plínio Marcos. De 1986 a 2001, foi
ocupado pelo grupo Tapa.
REABERTURA DO TEATRO DA ALIANÇA FRANCESA. Onde: Teatro da
Aliança Francesa (r. General Jardim, 182,
Vila Buarque, SP, tel. 0/xx/11/ 3017-5684). 230 lugares. Quando: hoje, às 21h,
para convidados, e amanhã, às 21h, para
o público; sex. e sáb., às 21h, e dom., às
19h; até 22/6. 12 anos. 65 min. Quanto:
R$ 25 (sex.) e R$ 30 (sáb. e dom.).
Patrocinador da peça: Banco Sudameris.
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