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VERÃO 2002
Areias brasileiras terão a volta dos elementos anos 70, a valorização da tanga e sutiãs diferentes das calcinhas
Moda praia encerra a SP Fashion Week
ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA
A famosa moda praia brasileira
encerrou anteontem a temporada
da São Paulo Fashion Week, e
quem brilhou mesmo foi uma
marca carioca, a Blue Man.
Abrindo o desfile com um grupo
de salva-vidas de Ipanema, a grife
de David Azulay mostra que entende tudo de praia.
Foi um verdadeiro show, com
garotas e garotos bronzeados
(maquiagem, claro), em formas
que recuperam linhas do final dos
anos 60 e início dos 70, em interpretações fluidas e muito sexy.
O destaque volta para o quadril
(no último verão eram os seios), e
os detalhes laterais dizem tudo:
são conchinhas, couro, tressê. As
formas são as tangas, cortininhas
atrás e na frente e, nas partes de cima, muitos bustiês tomara-que-caia, com ou sem alcinha em V.
Os materiais novos trazem misturas da Lycra com laise e tricô.
A principal novidade para o verão 2002 será o fato de a calcinha
agora poder vir diferente do top,
em estampas e cores.
Para os homens, a sunga oficial
é a quadrada, e na Blue Man ela
aparece com a faixa lateral com o
rosto de Che Guevara, e no padrão tie-dye, manchado em azul,
laranja ou vermelho. Vai ser hit
nas melhores areias do mundo.
Nem a presença de Gisele Bündchen na Cia. Marítima conseguiu
obscurecer a vitória estilística da
Blue Man. A melhor parte da coleção da Cia. Marítima (além de
Ana Hickman) são o segmento
navy, em vermelho, azul-marinho
e branco, com cintinhos brancos
desenhando as peças. Também
na linha anos 70, biquínis em florzinhas e jeans com detalhes em
elastex, na linha cocota. No branco, o melhor é a tanga com pedrinhas turquesa na frente.
A Rosa Chá monta um lobby de
hotel como cenário e tenta mixar
alta-costura com biquínis, em resultado pouco sexy. Destacam-se
as estampas, na da boneca Barbie,
na da modelo Sandra Steuer e a do
frasco de Chanel número 5. Nessa
entrada, formalmente a melhor,
biquínis e maiôs trazem um vidrinho do tal perfume pendurado,
seguindo a linha de detalhes dourados decorando as peças. Os
looks mais divertidos são o da linha Madonna, com cruzes de
cristal aplicadas e recortes imitando a forma do crucifixo.
A Rygy fez o desfile mais fraco
dos quatro, muito repetitivo.
Mantém seu foco nos 70, em rendas, xadrez vichy, conchas e babados na tanguinhas bem baixas.
No branco, delicado, destacam-se
os tops franzidos em elastex e os
bordados de florzinha.
Colaborou Jackson Araujo, free-lance para a Folha
Avaliação:
Rosa Chá -
Cia. Marítima -
Rygy -
Blue Man -
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