São Paulo, quinta-feira, 05 de julho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VERÃO 2002

Areias brasileiras terão a volta dos elementos anos 70, a valorização da tanga e sutiãs diferentes das calcinhas

Moda praia encerra a SP Fashion Week

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

A famosa moda praia brasileira encerrou anteontem a temporada da São Paulo Fashion Week, e quem brilhou mesmo foi uma marca carioca, a Blue Man. Abrindo o desfile com um grupo de salva-vidas de Ipanema, a grife de David Azulay mostra que entende tudo de praia.
Foi um verdadeiro show, com garotas e garotos bronzeados (maquiagem, claro), em formas que recuperam linhas do final dos anos 60 e início dos 70, em interpretações fluidas e muito sexy.
O destaque volta para o quadril (no último verão eram os seios), e os detalhes laterais dizem tudo: são conchinhas, couro, tressê. As formas são as tangas, cortininhas atrás e na frente e, nas partes de cima, muitos bustiês tomara-que-caia, com ou sem alcinha em V. Os materiais novos trazem misturas da Lycra com laise e tricô.
A principal novidade para o verão 2002 será o fato de a calcinha agora poder vir diferente do top, em estampas e cores.
Para os homens, a sunga oficial é a quadrada, e na Blue Man ela aparece com a faixa lateral com o rosto de Che Guevara, e no padrão tie-dye, manchado em azul, laranja ou vermelho. Vai ser hit nas melhores areias do mundo.
Nem a presença de Gisele Bündchen na Cia. Marítima conseguiu obscurecer a vitória estilística da Blue Man. A melhor parte da coleção da Cia. Marítima (além de Ana Hickman) são o segmento navy, em vermelho, azul-marinho e branco, com cintinhos brancos desenhando as peças. Também na linha anos 70, biquínis em florzinhas e jeans com detalhes em elastex, na linha cocota. No branco, o melhor é a tanga com pedrinhas turquesa na frente.
A Rosa Chá monta um lobby de hotel como cenário e tenta mixar alta-costura com biquínis, em resultado pouco sexy. Destacam-se as estampas, na da boneca Barbie, na da modelo Sandra Steuer e a do frasco de Chanel número 5. Nessa entrada, formalmente a melhor, biquínis e maiôs trazem um vidrinho do tal perfume pendurado, seguindo a linha de detalhes dourados decorando as peças. Os looks mais divertidos são o da linha Madonna, com cruzes de cristal aplicadas e recortes imitando a forma do crucifixo.
A Rygy fez o desfile mais fraco dos quatro, muito repetitivo. Mantém seu foco nos 70, em rendas, xadrez vichy, conchas e babados na tanguinhas bem baixas. No branco, delicado, destacam-se os tops franzidos em elastex e os bordados de florzinha.


Colaborou Jackson Araujo, free-lance para a Folha


Avaliação:

Rosa Chá -    

Cia. Marítima -    

Rygy -   

Blue Man -      


Texto Anterior: Feijoada: Jazz e blues substituem o pagode
Próximo Texto: Teatro: Vila Velha monta "Material Fatzer" a partir de fragmento de Brecht
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.