São Paulo, sexta, 5 de setembro de 1997.



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Rock Horror Show

Considere-se avisado: a banda mais odiada dos EUA (e a mais amada) toca em SP na segunda; seu líder, o 'anticristo' Marilyn Manson, fala à Folha


Divulgação
Marilyn Manson com o look do videoclipe de ''The Beautiful People''


LÚCIO RIBEIRO
Editor-assistente da Ilustrada

Feche portas e janelas. No próximo domingo desembarca no Brasil a banda do sujeito que, dizem, tritura ossos de pessoas mortas para fumar e extraiu algumas costelas para ter mobilidade suficiente na prática da alto-felação.
Essas são duas das muitas aberrações atribuídas à polêmica pessoa de Marilyn Manson -o nome é da "deusa" Marilyn Monroe, o sobrenome, do "diabólico" assassino Charles Manson-, da banda homônima, que faz apresentação única e inédita na próxima segunda no Olympia, em SP.
Formada em 1989 com o nome de Marilyn Manson and the Spooky Kids (MM e os Garotos Assombrados), a banda vem construindo seu império do mal no rock americano à custa de um visual aterrador, uma postura teatral à la Kiss, declarações de amor a Satã, shows "nojentos" que remetem a Ozzy Osbourne e um som industrial/death metal da casta de Nine Inch Nails e Tool.
E 1997 tem sido o ano de Marilyn Manson, a banda e o ser.
Eleito o "anticristo do final do século", o roqueiro de 28 anos decolou de vez para a fama com o lançamento do ruidoso terceiro álbum, "Antichrist Superstar", fez uma ponta no badalado "A Estrada Perdida", filme de David Lynch, emplacou canções na trilha dos filmes de Howard Stern, do próprio "A Estrada Perdida" e na do ainda inédito "Spawn".
A Internet discute se foi ele quem interpretou o papel do ingênuo Paul Pfeiffer na série "Anos Incríveis", tentaram proibir seu show em diversas cidades americanas, tocou no festival Ozzfest 97, no britânico Reading Festival, lançou single novo há poucos dias na Inglaterra, cantou ontem à noite na festa do VMA da MTV.
E falou à Folha, em entrevista que está publicada à pág. 4-7 desta edição.

Show: Marilyn Manson
Quando: segunda-feira, às 21h30
Onde: Olympia (rua Clélia, 1517, Lapa, SP, tel. 011/252-6255)
Quanto: de R$ 30 (pista) a R$ 50 (camarote). Ingressos à venda no Olympia, na Woodstock Discos (tel. 605-3976) e na Music Company (tel. 252-6255)



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