São Paulo, sexta, 5 de setembro de 1997.



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'Antichrist' é CD perturbador

Divulgação
A banda Marilyn Manson (o último à direita é o próprio), que faz show único, segunda, no Olympia, em SP


da Redação

"Antichrist Superstar", terceiro e melhor álbum da banda de shock rock (industrial, death metal, o que for) Marilyn Manson, atingiu as lojas dos EUA no final do ano passado.
Enquanto o país dançava feliz ao som nerd/hip hop de branco do aclamado CD "Odelay", criação do "gênio" Beck, as palavras "blasfêmia, apocalipse, pedofilia, satanismo" iam ganhando cada vez mais espaço na MTV, nas revistas de música e depois nas páginas de qualquer jornal norte-americano.
E logo bombardeavam os ouvidos dos pais de adolescentes roqueiros em todos os cantos da América.
Era Manson e sua banda, que resgatava de vez, com o recém-lançado álbum, um gênero de metal teatral adormecido desde os áureos tempos de Kiss, Alice Cooper, Ozzy.
"Antichrist Superstar" e seu rock "satânico" nada mais é do que o velho hard rock misturado à temática fim-de-século que proclama que o apocalipse está chegando, que a degradação do homem está alcançando níveis insuportáveis e por aí vai.
Mas nada tem a ver com o metal farofa de grupos como Iron Maiden e sua linha "666, the number of the Beast", o qual o próprio Manson diz execrar.
Lançado no Brasil há poucos meses, o disco é inconstante, pendendo para bom quando faz a ponte Ozzy/Alice Cooper-Trent Reznor, como em "Tourniquet" e "Beautiful People", e não dizendo nada quando cai no puro death metal ("Little Horn").
"Antichrist Superstar" pode ser um álbum irregular, mas que perturba, perturba. (LR)

Disco: Antichrist Superstar Banda: Marilyn Manson Gravadora: Universal Quanto: R$ 18, em média


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