São Paulo, sexta, 5 de dezembro de 1997.




Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DeLillo por DeLillo

"Em um romance sobre conflitos em vários níveis ("Underworld"), esse era o ruído primordial -a tendência da língua de trabalhar em oposição à enorme tecnologia da guerra que dominou esta era e formou os temas dos livros."

"Enquanto eu trabalhei no livro, eu compilei, gradualmente, um número de títulos. Eu cheguei a 'Underworld' quando comecei a pensar sobre resíduos de plutônio enterrados no fundo da terra. Depois pensei em Plutão, o deus da morte e regente do mundo. Novas conexões e significados começaram a saltar aos olhos e eu lembro que em uma página cheia de eventuais títulos, desenhei um círculo em torno de 'Underworld"'.

"Eu me tornei um escritor vivendo em Nova York e olhando, escutando e sentindo todas as grandes, espantosas e perigosas coisas que a cidade acumula incessantemente. Também virei um escritor evitando ter comprometimentos sérios com ninguém."

"Talvez nós inventamos conspirações para nosso próprio bem-estar, para curar nós mesmos."

"Eu costumava dizer para amigos: 'Eu pretendo mudar meu nome para Bill Gray -escritor recluso de 'Mao 2'- e desaparecer."

"Há não muito tempo atrás, um escritor poderia acreditar que ele teria um efeito em nossa consciência do terror. Hoje, porém, os homens que dão formas e influenciam a consciência humana são os terroristas."



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.