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Data ganhou edição especial
da Equipe de Articulistas
Lançado há duas semanas nos
EUA, o número especial comemorativo dos 75 anos da "The
New Yorker" já está disponível
nas bancas brasileiras que trabalham com publicações importadas. Compre logo o seu, pois em
Nova York esgotou, virando item
de colecionador.
A capa é uma provocativa brincadeira com aquela criada por
Rea Irvin para o primeiro número. O dândi de cartola que observa
uma borboleta rosa através do
monóculo virou um cachorro de
William Wegman. Aliás, a pobre
borboleta também surge "wegmanizada". Seu destino não promete ser o de centenas de capas
antecedentes que enfeitam paredes mundo afora.
Um cartum de Roz Chat também satiriza a mania auto-celebratória na última das 300 páginas. Quando a intenção supera o
resultado, a derrota é do humor.
Extratos de dez textos históricos,
assinados por Vladimir Nabokov,
James Baldwyn e John Cheever,
entre outros, intercalam-se no
corpo da revista.
Novas diagramação e tipologia
tornam mais quadrado o visual
do roteiro de espetáculos "Goings
On About Town". O resultado
lembra perigosamente o roteiro
de sua concorrente "New York".
É mais um murro nos leitores tradicionalistas.
O carro-chefe do especial é o
primeiro texto ficcional inédito e
exclusivo de Woody Allen para a
revista desde 1980. Allen colaborou com a "The New Yorker" a
partir de meados dos anos 60.
Com "Attention Geniuses: Cash
Only" (Atenção Gênios: Só em
Dinheiro), alcança a marca de
trinta textos lá publicados.
Outros pontos fortes são Jon
Lee Anderson sobre Fidel Castro,
um conto inédito de Alice Munro
e uma deliciosa coleção de cartuns sobre mapas de Saul Steinberg. Se isso é queda, viva a decadência.
(AL)
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