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Mestre Salu enfatiza percussão e coreografia no exterior
DA REPORTAGEM LOCAL
O rabequeiro pernambucano
Manoel Salustiano Soares, Mestre
Salu, 56, é uma das principais referências da cultura popular brasileira contemporânea.
Com mais de cinco décadas de
música e dança "arredondadas
pela natureza", como afirma esse
autodidata nascido e criado na
Zona da Mata, ele transita com
autonomia entre Chico Science e
Ariano Suassuna, Mestre Ambrósio e Antônio Nóbrega.
Em junho, Mestre Salu embarca
para a França. É um dos destaques da programação brasileira
no Festival de Montpellier. No
mês seguinte, leva sua rabeca ao
Lincoln Center, em Nova York.
"Até que enfim os estrangeiros
estão se interessando pela nossa
cultura", diz Salu. Será a segunda
vez que sai do Brasil. Na primeira,
em 94, ele passou 17 dias em Cuba
e encontrou-se com Fidel Castro.
Para Montpellier, levará o espetáculo "O Sonho da Rabeca", no
qual conjuga percussão e coreografia. Para NY, priorizará a percussão. Entre os 14 músicos ou
dançarinos, há nove filhos de Salu, que herdou do pai o dom para
os instrumentos -o rabequeiro
João Salu, 84, segue na ativa.
"Mesmo para a música tradicional é preciso ter o dom", diz. O
mesmo dom que presume empregar na arte da reprodução: são
15 filhos, entre eles a caçula, Célia
Beatriz, nascida há cerca de 40
dias. Frutos de um casamento de
25 anos, divórcio assinado e nove
namoradas.
(VS)
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