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São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2003

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Mestre Salu enfatiza percussão e coreografia no exterior

DA REPORTAGEM LOCAL

O rabequeiro pernambucano Manoel Salustiano Soares, Mestre Salu, 56, é uma das principais referências da cultura popular brasileira contemporânea.
Com mais de cinco décadas de música e dança "arredondadas pela natureza", como afirma esse autodidata nascido e criado na Zona da Mata, ele transita com autonomia entre Chico Science e Ariano Suassuna, Mestre Ambrósio e Antônio Nóbrega.
Em junho, Mestre Salu embarca para a França. É um dos destaques da programação brasileira no Festival de Montpellier. No mês seguinte, leva sua rabeca ao Lincoln Center, em Nova York.
"Até que enfim os estrangeiros estão se interessando pela nossa cultura", diz Salu. Será a segunda vez que sai do Brasil. Na primeira, em 94, ele passou 17 dias em Cuba e encontrou-se com Fidel Castro.
Para Montpellier, levará o espetáculo "O Sonho da Rabeca", no qual conjuga percussão e coreografia. Para NY, priorizará a percussão. Entre os 14 músicos ou dançarinos, há nove filhos de Salu, que herdou do pai o dom para os instrumentos -o rabequeiro João Salu, 84, segue na ativa.
"Mesmo para a música tradicional é preciso ter o dom", diz. O mesmo dom que presume empregar na arte da reprodução: são 15 filhos, entre eles a caçula, Célia Beatriz, nascida há cerca de 40 dias. Frutos de um casamento de 25 anos, divórcio assinado e nove namoradas. (VS)


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