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Trilha é leve e simpática
da Reportagem Local
A trilha de "Como Ser Solteiro" é
uma boa tradução sonora da comédia carioca: leve, agitada, simpática e despretensiosa.
Composta quase toda por Laufer, Leonardo Teixeira e Paulo Futura, a trilha cai em um erro, entretanto, ao selecionar as músicas
usando como pretexto uma suposta unidade musical carioca.
Essa "unidade" não deixa de ser
um achado para quem gosta de
manipular conceitos sem se importar com sua aplicabilidade. O
problema é que, repetidos à exaustão, os rótulos acabam colando.
Quase sempre, a unidade é só
geográfica. Claro que, às vezes, os
músicos pertencem às mesmas patotas -o que pode ser confundido
com movimento por alguns.
O estranho é que, por razões comerciais, o título do filme foi alterado. Ele se chamaria "Como Ser
Solteiro no Rio de Janeiro". Foi
encurtado por temor de que o
"Rio de Janeiro" soasse bairrista
em outros Estados. Uma jogada
que não foi usada na trilha.
Se há momentos como "Lata's
Groove" (Funk'n'Lata), a deliciosamente sacana "Musa da Ilha
Grande", do grupo recifense
Mundo Livre -um dos melhores
casamentos de música e imagem
no filme-, ficou fora do CD.
Disco: Como Ser Solteiro
Artistas: Herbert Vianna, Daúde, Toni
Garrido, Funk'n'Lata, Planet Hemp e outros
Lançamento: Natasha
Quanto: R$ 18, em média
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