São Paulo, sexta, 6 de março de 1998

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Trilha é leve e simpática

da Reportagem Local

A trilha de "Como Ser Solteiro" é uma boa tradução sonora da comédia carioca: leve, agitada, simpática e despretensiosa.
Composta quase toda por Laufer, Leonardo Teixeira e Paulo Futura, a trilha cai em um erro, entretanto, ao selecionar as músicas usando como pretexto uma suposta unidade musical carioca.
Essa "unidade" não deixa de ser um achado para quem gosta de manipular conceitos sem se importar com sua aplicabilidade. O problema é que, repetidos à exaustão, os rótulos acabam colando.
Quase sempre, a unidade é só geográfica. Claro que, às vezes, os músicos pertencem às mesmas patotas -o que pode ser confundido com movimento por alguns.
O estranho é que, por razões comerciais, o título do filme foi alterado. Ele se chamaria "Como Ser Solteiro no Rio de Janeiro". Foi encurtado por temor de que o "Rio de Janeiro" soasse bairrista em outros Estados. Uma jogada que não foi usada na trilha.
Se há momentos como "Lata's Groove" (Funk'n'Lata), a deliciosamente sacana "Musa da Ilha Grande", do grupo recifense Mundo Livre -um dos melhores casamentos de música e imagem no filme-, ficou fora do CD.


Disco: Como Ser Solteiro Artistas: Herbert Vianna, Daúde, Toni Garrido, Funk'n'Lata, Planet Hemp e outros Lançamento: Natasha Quanto: R$ 18, em média


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