São Paulo, Sábado, 06 de Março de 1999 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRECHO ""Cheguei à casa de um camponês e o sujeito tinha um cavalo morto jogado no pátio. Já com a pança meio inchada. Mal conseguia conter os negros: um enxame de negros, com facões, facas e sacos. Queriam esquartejar o animal e levá-lo em pedaços. Era uma matilha. Eu contei: eram oito negros, magros, famintos, sujos, com os olhos exorbitados, vestidos com farrapos. O camponês lhes explicava que o animal morreu doente e apodrecia rapidamente. Eles não replicavam. Só pediam para tirar um pedaço e eles mesmos enterrariam a cabeça, os cascos, o que restara daquele animal sarnento e esquelético, coberto de moscas verdes. Pela bunda saíam vermes e pus." Tradução Cynara Menezes Texto Anterior: Livros: "Trilogia Suja" é Cuba que Cuba quer esconder Próximo Texto: "Mares do Sul", de Santarrita, é Brasil "for export" Índice |
|