É abril, e agora não tem mais desculpa para não acontecer nada. E já está acontecendo mesmo. As noites têm sido mais de festas do que de clubes, e quem tem saído na noite arrumou bastante história para contar.
Sábado passado teve festinha de barbies onde rolam as festas da chave, e trouxeram do Rio o gigantesco DJ Dudu, e quem abriu a noite foi Paulinho Fabbri. Fundamento for us by us, né? E ficou tudo bem. Domingo teve a festa de aniversário da Astrid Fontenelle, uma incrível reunião de descolados por metro quadrado, num bar de esquina na Vila Madalena.
Com trufas e brownies da Nekka, o povo tomou champanhe de canudinho e espantou a chuva absurda da noite. Os espíritos avonts da apresentadora e de seus convidados podem se resumir no modelón chinelo de Fernanda Lima. Astrid disse depois que a festa foi tão boa que todo mundo esqueceu alguma coisa lá: na segunda-feira, um monte de gente ligou dizendo que tinha perdido uma jaqueta ou uma chave no lugar...
Segunda-feira teve o absurdo aniversário de Ocimar Versolato (que bando de arianos, hein!) na Lôca. Habitual frequentador do clube e do "ecritório" do Aníbal, o estilista fez questão de levar suas clientes de sociedade ao local, um dos templos do underground paulistano. Alguém comentou que foi como se fosse uma gala para o underground. Assim, você tinha os tops da Lôca como Michael Love, Alysson Gothz (inteiro pintado de azul) e Messala vestidos com mais luxo do que nunca. E, circulando por ali com milionárias com as melhores jóias e descolados de São Paulo, que se divertiam com as esculturas de bronze sadomasoquista do segundo andar da casa, onde rolou decoração especial com tapetes e cadeiras no terraço. O underground se divertiu com os finos, enquanto os finos estavam achando o máximo aquele underground, visto ali como diversão, brincadeira. Foi uma festa "bem lôca".

APERTEM OS CINTOS, O DJ SUMIU

E tanta onda e o DJ Terry Francis não veio... Mais um, né?, que deixa todo mundo esperando. Bem, o DJ estava sendo anunciado como a última maravilha do tech-house, o gênero que cresce dia a dia em São Paulo -tem se adaptado bem aos tempos atuais das pistas por aqui. A festa em que ele deveria ter tocado era a Rebolado, organizada pelo DJ Luiz Pareto, na última sexta-feira. Chegando à BASE, as portas abriram tarde, muita gente reclamando, e um aviso foi colocado na entrada avisando que o DJ não tocaria. Eu sinceramente não vi e, na entrada, também ninguém me avisou, eu só fiquei sabendo do no-show depois de algum tempo lá dentro. E quem foi que fez a melhor piada, dizendo que a BASE continua uma sauna? Ocupando as dependências da sauna do hotel Danúbio, o lugar de fato recuperou sua vocação. Aquilo é um forno. No aniversário do projeto BASE/Diesel foi a mesma coisa, aquele inferno, desconforto total e falta de consideração com as pessoas. Um leitor escreveu para cá dizendo que cobraram R$ 6 dele na chapelaria: "Não é porque o DJ não veio que eu vou trabalhar de graça", disseram lá dentro. E por aí foi. Claro que tem sempre o povo que não se importa com nada, dentro da legítima vocação underground praticada na cidade de São Paulo, e diz que a festa foi até as 8h, continuando em chill-outs por aí pela tarde de sábado. É que as pessoas estão sedentas por se reunir, por se ver. Está faltando um lugar que reúna de fato um núcleo que preserve os princípios da tal cena, e eu nem estou falando de reunir de novo a velha guarda da Nação Hell's, mas de um novo grupo, que já existe, e que começa a definir seu rosto agora. Vamos aguardar os próximos capítulos. Quanto à explicação sobre o no-show, na noite ninguém deu. Rolava um "o Terry Francis sumiu", já que ele não se deu ao trabalho de telefonar para ninguém da organização para avisar que perdeu a conexão. E também, vai saber se é verdade esse pajubá que esse cara lançou no povo... Depois, o assessor de imprensa Daniel Almeida mandou pela Internet uma mensagem longuíssima dizendo que o DJ havia tentado antecipar um vôo (estava em La Paz; fazendo o quê, criatura!) e acabou perdendo a conexão que tinha para o Brasil. Bom, ninguém me fala mais em Terry Francis até 2002!

GRIFE FAZ FESTA EM PRETO-E-BRANCO

Com inspiração na minimalista coleção em preto-e-branco de sua nova linha feminina, a marca Hugo Boss fez mais uma de suas festonas anteontem em São Paulo. As pessoas entravam na festa pela loja, o que é uma maneira inteligente de fazer, mesmo quem não estava muito interessado, ao menos olhar as roupas. A festa em si era no Gallery, que fica logo ali pegado à loja, na Haddock Lobo. O dress code então era preto-e-branco, mas claro que tinha gente que não respeitou -e não foi barrada. A começar pela apresentadora Sabrina Parlatore, que respingou um pouco de vermelho em seu top. Tudo bem, né? A impressão geral da festa era elegante, e todo mundo que estava ali queria ver e ser visto -a velha fórmula. Estranho, o Gallery, uma pista muito clara, não tinha lugar para ficar. Muitos circulavam pensando quantos anos fazia que não pisavam ali -10, 15, 20... A estrutura daquele segmento, entretanto, continua a mesma, e isso também muita gente constatou. O que era legal eram os garçons e as comidas, também em preto-e-branco: coco, marshmallow e chocolate. Havia também a impressão de gente demais, não parecia muita estrutura para receber o povo todo... Era só olhar para os bares e ver...

TODO MUNDO QUER SER DJ

Todo garoto agora quer ser DJ. Ao menos é o que diz o "NME", que divulgou uma pesquisa feita entre adolescentes ingleses apresentada na conferência da Radio Academy em Londres, feita por um pesquisador americano. Segundo a amostragem, entre 506 adolescentes, 48% dos entrevistados querem ser DJs. Será que ser um deus das pistas está valendo mais a pena do que ser um popstar ou rockstar? O autor da pesquisa, Larry Rosin, avalia que, para esses garotos, ser DJ é algo mais realista e possível do que crescer na indústria fonográfica.

A INTEGRAÇÃO MODA E ARTE

Para quem gosta da integração de arte e moda, viraram peça de museu as sensacionais camisetas de Marcelo Sommer sobre a Revolução de 32, em São Paulo. O curador Ricardo Resende adorou a idéia, apresentada nos desfiles de verão, e a coisa toda está na mostra "Arte em Moda", no MAM do shopping Higienópolis. A fotógrafa Rochelle Costi também vai expor um editorial feito com o estilista. Sommer também comemora a reabertura de sua loja na alameda Tietê, agora sem nenhum vínculo com antigos sócios.

MEMÓRIAS DO VINIL DE PINHEIROS

Pura cultura de vinil. Começam neste mês as filmagens de "Durval Discos", longa-metragem de estréia de Anna Muylaert. Entre os participantes, estão Rita Lee, Theo Werneck e Marisa Orth. Anna quer resgatar o espírito das lojinhas de vinil do bairro de Pinheiros, fazendo uma homenagem às antigas Eric Discos e Edgar Discos. Para isso, a equipe do filme vem pesquisando como era o bairro na década de 70. A coisa promete e vai ser um bom registro. Terminadas as filmagens, tanto a fictícia Durval Discos como todas as casas ao redor serão demolidas para a construção de mais um prédio por ali.

VOCÊ CONHECE O SUPER GREG?

Você conhece o Super Greg? Eu não conhecia, quem me apresentou foi o Fernand Alphen. É um dos sites cult da Internet, veja em www.supergreg.com. A novidade é que agora o Super Greg está de volta, e melhor ainda, mais animado. Veja em www.supergreg.is.back.ms. Todo DJ deve ver. Eu não vou nem falar nada para não tirar a graça, é uma deliciosa bobagem.