|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Um Canto de Esperança
da Equipe de Articulistas
Outro drama de guerra para os
apreciadores do gênero. No ano de
1942, durante a Segunda Guerra,
um grupo de mulheres de soldados britânicos, australianos e holandeses lotados em Cingapura é
feito refém do inimigo japonês.
As mulheres dos aliados faziam
uma viagem de volta à Austrália,
fugindo do avanço japonês, quando o navio Prince Albert, em que
viajavam, foi atacado. Separadas
dos filhos, elas foram levadas para
um campo de concentração na
ilha de Sumatra, no sudeste da
Ásia.
Passariam mais de três anos ali,
sofrendo todo tipo de atrocidade
promovida pelo truculento Exército japonês. Sob fome e tortura,
as mulheres do campo vão inventando modos de sobreviver.
A mais fantástica dessas invenções é a idéia das prisioneiras
Adrienne (Glenn Close) e Margaret (Pauline Collins). Elas criam
uma orquestra vocal, incentivam
as companheiras a formar um coro e a executar cantarolando composições de Mozart, Dvorak e
Chopin, entre outros.
No Natal de 1943, o coro exibe
seu "canto de esperança" para as
demais prisioneiras encantadas e
amolece até mesmo o coração
bruto dos guardas japoneses.
Baseado em relatos de sobreviventes do campo e reproduzindo
partituras originais então escritas
de memória pelas prisioneiras, o
filme tem como destaque a interpretação de Glenn Close.
Outro traço interessante -como em "Furyo", de Oshima- é o
olhar sobre a Segunda Guerra que
também ocorria no Pacífico.
No mais, o diretor Bruce Beresford ("Conduzindo Miss Daisy")
contentou-se em fazer um drama
básico sobre a capacidade de sobrevivência de seres humanos em
condições subumanas.
(MF)
Filme: Um Canto de Esperança
Produção: Austrália, 1997, 115 min
Direção: Bruce Beresford
Com: Glenn Close, Pauline Collins
Lançamento: Abril (0800-120199)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|