São Paulo, segunda, 6 de abril de 1998

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Um Canto de Esperança

da Equipe de Articulistas

Outro drama de guerra para os apreciadores do gênero. No ano de 1942, durante a Segunda Guerra, um grupo de mulheres de soldados britânicos, australianos e holandeses lotados em Cingapura é feito refém do inimigo japonês.
As mulheres dos aliados faziam uma viagem de volta à Austrália, fugindo do avanço japonês, quando o navio Prince Albert, em que viajavam, foi atacado. Separadas dos filhos, elas foram levadas para um campo de concentração na ilha de Sumatra, no sudeste da Ásia.
Passariam mais de três anos ali, sofrendo todo tipo de atrocidade promovida pelo truculento Exército japonês. Sob fome e tortura, as mulheres do campo vão inventando modos de sobreviver.
A mais fantástica dessas invenções é a idéia das prisioneiras Adrienne (Glenn Close) e Margaret (Pauline Collins). Elas criam uma orquestra vocal, incentivam as companheiras a formar um coro e a executar cantarolando composições de Mozart, Dvorak e Chopin, entre outros.
No Natal de 1943, o coro exibe seu "canto de esperança" para as demais prisioneiras encantadas e amolece até mesmo o coração bruto dos guardas japoneses.
Baseado em relatos de sobreviventes do campo e reproduzindo partituras originais então escritas de memória pelas prisioneiras, o filme tem como destaque a interpretação de Glenn Close.
Outro traço interessante -como em "Furyo", de Oshima- é o olhar sobre a Segunda Guerra que também ocorria no Pacífico.
No mais, o diretor Bruce Beresford ("Conduzindo Miss Daisy") contentou-se em fazer um drama básico sobre a capacidade de sobrevivência de seres humanos em condições subumanas. (MF)

Filme: Um Canto de Esperança Produção: Austrália, 1997, 115 min Direção: Bruce Beresford Com: Glenn Close, Pauline Collins Lançamento: Abril (0800-120199)


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