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"É o fim de uma geração pioneira'
da Reportagem Local
A sucessão de violências sofridas
pelo Estúdio Abertura conseguiu
aniquilar o núcleo da geração pioneira no telecine brasileiro.
"Esse núcleo morre com um espinho no coração", diz Guto Carvalho, da Trattoria di Frame. Carvalho participou dessa geração, ao
lado do produtor Alex Pimentel.
"Alex trouxe credibilidade à telecinagem na virada dos anos 80
para os 90. Foi ele quem comandou a virada da finalização em cinema para o vídeo", conta.
Em 1989, Pimentel trouxe ao
Brasil, por meio de sua produtora
New Vision, um telecine Flying
Spot Gold. Era uma nova tecnologia, que permitia finalização em
vídeo com o rigor que se tinha no
cinema, sem perda de qualidade.
Até então, finalizava-se em película. "Se a cor estivesse muito
azulada, colocávamos um filtro
vermelho. Mas tínhamos que esperar revelar e depois projetar.
Não podia haver erro, ou perdiam-se dias", diz Carvalho.
Com a chegada do telecine, a colocação de um filtro colorido e a
visualização do resultado na imagem, por exemplo, passaram a ser
feitas instantaneamente.
No início dos anos 90, a New Vision foi comprada pelo Estúdio
Abertura, que manteve esse caráter pioneiro. "É uma perda histórica", resume Guto Carvalho.
Alex Pimentel, entretanto, não
compartilha do sentimento. "Não
acho que houve perda histórica.
Houve apenas perda de equipamento", diz ele, hoje diretor técnico da Casablanca.
(IF)
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