São Paulo, segunda, 6 de julho de 1998

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CONTOS MÍNIMOS
A hora do embate

HELOISA SEIXAS

Estão frente a frente. Dos olhos de um e de outro saltam chispas, partículas de eletricidade que se atraem mutuamente, repelindo-se em seguida, mas deixando no ar um rastro de tensão e medo. É um momento de vida ou morte. Um daqueles minutos que condensam todo o tempo e todo o espaço -como o lapso entre o apertar do gatilho e o impacto. Tudo depende desse instante. Desses dois homens que aí estão, prontos para o embate. De repente, um som fere o ar, estridente, dizendo que a hora é chegada. E a bola que explode na rede é uma esfera maior que o mundo.



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