especial para a Folha, em Londres

Beuys passou a vida a dizer que foi salvo da morte por ter seu corpo besuntado com gordura animal e enrolado em feltro. Os dois materiais ganharam forte valor simbólico em sua obra. Em grande parte de suas aparições, ele não largava um chapéu de feltro.
A história que vendia é mitológica. Em missão em 1943 para a Luftwaffe (aeronáutica nazista), seu avião foi derrubado pelos soviéticos na Criméia. Seu corpo foi achado por tribos tártaras, que teriam ministrado os produtos.
O ataque russo é possível, os tártaros nem tanto. Ao sinistro se seguiram 22 dias em que o artista esteve em coma, mais um tanto para se recuperar.
Tempo para pensar nas qualidades dos materiais que o salvaram e para produzir teorias sobre "regeneração", "energia" e "circulação". (PV)



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