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CINEMA
Em "Lo que Díos Sabe", diretor Carlos Bolado, montador de "Amores Brutos", contará história de brasileira que vive nos EUA
Mexicano filmará longa de ficção no Brasil
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
O cineasta ("Promessas de um
Mundo Novo") e montador
("Amores Brutos") mexicano
Carlos Bolado, 36, desembarca na
próxima semana em São Paulo
para assinar os contratos de produção e começar a definir o elenco de seu próximo longa.
A ficção "Lo que Díos Sabe" (O
que Deus Sabe) será protagonizada por uma atriz brasileira e terá
filmagens no Brasil, no México e
nos Estados Unidos.
Hoje, Bolado participa no Rio
do debate "Cinema Documentário - Estética, Conteúdo e Mercado", promovido pelo Fórum Brasil Documenta.
"Promessas de um Mundo Novo", documentário sobre crianças
palestinas e israelenses que dirigiu com B.Z. Goldberg, concorreu
ao Oscar este ano e esteve em cartaz no Brasil.
O cineasta escreveu o roteiro de
seu próximo filme junto com a
autora norte-americana Diane
Weipert. "É a história de uma brasileira que vive nos Estados Unidos, namora um mexicano e
mantém uma relação de amor e
ódio com o Brasil, para onde tem
de regressar. É um filme sobre o
destino e o azar", diz. As filmagens estão previstas para 2003.
Elenco
A vertente brasileira da co-produção será assinada por Sara Silveira, da Dezenove Som e Imagens, que sugeriu a Bolado três
nomes de atrizes para protagonizar "Lo que Díos Sabe". O cineasta cogita convidar Bruna Lombardi para o elenco, no papel da mãe
da personagem central.
"Faremos o processo normal de
"casting" e só depois que tivermos
definido a atriz principal vou poder escolher o ator mexicano. Como existe uma história de amor, é
preciso que haja química entre
eles, que pareça verossímil, até
porque é um casal meio estranho,
numa situação estranha", afirma.
No debate de hoje -do qual
participam também os cineastas
Albert Maysles ("Gimme Shelter") e Eduardo Coutinho ("Cabra Marcado para Morrer") e o
distribuidor Marcelo Mendes (do
grupo Estação), com mediação do
jornalista e crítico da Folha Pedro
Butcher-, Bolado defenderá a
idéia de que está havendo uma
"revalorização" do gênero documental, porque "o público está
cada vez mais interessado em ver
histórias reais".
"Mas, para mim, não há tanta
diferença entre a ficção e o documentário. Não acredito em gêneros. Faço filmes. Conto histórias
através de imagens. Estava inclusive pensando em fazer um documentário em que quero recorrer à
animação. Não sou dogmático,
tenho a minha verdade", afirma.
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