São Paulo, sábado, 06 de novembro de 2004

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CULTURA

Programa da Petrobras vai patrocinar CDs

PEDRO SOARES
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras patrocinará pela primeira vez a produção de CDs e voltará a apoiar o teatro. Essas são as principais novidades da edição 2005 do programa Petrobras Cultural, anunciado ontem no Rio.
Ao todo, serão investidos R$ 61 milhões, a maior cifra destinada à cultura por uma empresa. O valor supera em apenas R$ 1 milhão o registrado em 2004. Do total, R$ 45,5 milhões vão para projetos de seleção pública, "a forma mais democrática de apoiar a cultura", segundo o presidente da estatal, José Eduardo Dutra.
O restante faz parte da verba de projetos escolhidos diretamente pela estatal, que também trará novidades em 2005.
A lista dessa seleção será divulgada no dia 19, mas já estão assegurados recursos para reformas no Museu Nacional de Belas Artes e no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (ambos no Rio), para apoio a seis novos grupos de teatro e dança (os nomes não foram revelados) e para conservação dos parques da Capivara (no Piauí, o principal sítio arqueológico do país) e do Xingó (Sergipe).
Sucesso da edição de 2004, o Projeto Pixinguinha também está assegurado em 2005, e receberá o mesmo montante deste ano: R$ 4 milhões. Os festivais de cinema do Rio e de Gramado também estão na lista. O cinema, área em que não houve mudanças em relação a 2004, foi o que ficou com o maior quinhão: R$ 23,5 milhões.
Da verba total, a área musical receberá R$ 7,9 milhões, sendo que R$ 3 milhões irão para a produção de CDs, idéia de um dos consultores do programa, o músico José Miguel Wisnik.
Bandas, corais e orquestras jovens também passarão a ser apoiados pela Petrobras. O valor total para eles é R$ 940 mil. Projetos ligados à preservação e à restauração de acervos musicais passaram para o setor de patrimônio material e imaterial, contemplado no edital com R$ 11 milhões.
Presente ao lançamento do programa, o ministro Gilberto Gil (Cultura) conclamou governo e sociedade a buscarem meios alternativos de financiamento, como fundos de investimento.
Embora tenham a fatia menor (R$ 3 milhões), as artes cênicas têm motivos para comemorar. O teatro, excluído do último edital, está de volta. A partir de janeiro, a Funarte montará um sistema de seleção dos projetos.


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