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CULTURA
Programa da Petrobras vai patrocinar CDs
PEDRO SOARES
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras patrocinará pela
primeira vez a produção de CDs e
voltará a apoiar o teatro. Essas são
as principais novidades da edição
2005 do programa Petrobras Cultural, anunciado ontem no Rio.
Ao todo, serão investidos R$ 61
milhões, a maior cifra destinada à
cultura por uma empresa. O valor
supera em apenas R$ 1 milhão o
registrado em 2004. Do total, R$
45,5 milhões vão para projetos de
seleção pública, "a forma mais democrática de apoiar a cultura",
segundo o presidente da estatal,
José Eduardo Dutra.
O restante faz parte da verba de
projetos escolhidos diretamente
pela estatal, que também trará novidades em 2005.
A lista dessa seleção será divulgada no dia 19, mas já estão assegurados recursos para reformas
no Museu Nacional de Belas Artes
e no Museu Nacional da Quinta
da Boa Vista (ambos no Rio), para
apoio a seis novos grupos de teatro e dança (os nomes não foram
revelados) e para conservação dos
parques da Capivara (no Piauí, o
principal sítio arqueológico do
país) e do Xingó (Sergipe).
Sucesso da edição de 2004, o
Projeto Pixinguinha também está
assegurado em 2005, e receberá o
mesmo montante deste ano: R$ 4
milhões. Os festivais de cinema
do Rio e de Gramado também estão na lista. O cinema, área em
que não houve mudanças em relação a 2004, foi o que ficou com o
maior quinhão: R$ 23,5 milhões.
Da verba total, a área musical
receberá R$ 7,9 milhões, sendo
que R$ 3 milhões irão para a produção de CDs, idéia de um dos
consultores do programa, o músico José Miguel Wisnik.
Bandas, corais e orquestras jovens também passarão a ser
apoiados pela Petrobras. O valor
total para eles é R$ 940 mil. Projetos ligados à preservação e à restauração de acervos musicais passaram para o setor de patrimônio
material e imaterial, contemplado
no edital com R$ 11 milhões.
Presente ao lançamento do programa, o ministro Gilberto Gil
(Cultura) conclamou governo e
sociedade a buscarem meios alternativos de financiamento, como fundos de investimento.
Embora tenham a fatia menor
(R$ 3 milhões), as artes cênicas
têm motivos para comemorar. O
teatro, excluído do último edital,
está de volta. A partir de janeiro, a
Funarte montará um sistema de
seleção dos projetos.
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