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Indústria
fonográfica
vive crise
DE NOVA YORK
Se o norte-americano passou o ano indo mais ao cinema, o mesmo não ocorreu
na hora de comprar CDs. A
indústria fonográfica dos
EUA vendeu US$ 762,6 milhões em CDs em 2001, uma
queda de 3% em relação ao
ano anterior. Foi a primeira
vez que isso aconteceu desde
1991.
Para ter uma idéia, sete álbuns venderam mais de 5
milhões de cópias no ano retrasado, liderados por "The
Marshall Mathers", de Eminem (mais de 9 milhões).
Em 2001, nenhum título ultrapassou o patamar. Mais:
os dez primeiros álbuns venderam US$ 20 milhões a menos do que os dez primeiros
de 2000.
O campeão de vendas do
ano é "Hybrid Theory", estréia do sexteto de rap-metal
Linkin Park, com 4,8 milhões de discos. O grupo emplacou hits como "One Step
Closer" e "Crawling", que
vão na cola de Limp Bizkit.
Em segundo, embalado
pelos sucessos "Angel" e "It
Wasn't Me", vem Shaggy
com seu álbum "Hot Shot"
(4,5 milhões), seguido por
"Celebrity", do insuportável
N'Sync (4,4 milhões), e "A
Day without Rain", que também poderia chamar-se "A
Volta dos Mortos-Vivos", de
ninguém menos que a musa
new-age Enya (4,4 milhões).
Completam a lista dos dez
mais nomes como Staind,
Alicia Keys, Destiny's Child,
Creed, a trilha de "E Aí, Meu
Irmão, Cadê Você?", filme
dos irmãos Coen, e uma coletânea. Ou seja, com raras
exceções, 2001 foi mal também em qualidade.
Os números modestos
(para um mercado do tamanho do norte-americano)
podem ser explicados por
uma conjunção de fatores
que vai além da recessão de
2001 e da crise pós-11 de setembro: Napster e seus sucedâneos; o estouro dos videogames; a popularização do
DVD; e a queda do preço
médio do CD.
(SD)
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