São Paulo, quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008

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comentário

Grupo concilia marketing e pragmatismo

CRÍTICO DA FOLHA

Fundado em 1984 por Guy Laliberté, artista de rua de 20 anos que sonhava com um circo mais próximo do público, sem animais e com nova formação de artistas, o Cirque du Soleil tornou-se marca bem-sucedida, empresa de 4.000 empregados em 16 espetáculos espalhados pelo mundo.
Hoje milionário, Laliberté procura conciliar um forte senso de marketing e pragmatismo empresarial com o idealismo inicial, que compreende a preocupação com a pobreza, a falta d'água no mundo e a "liberdade de sonhar".
Mas, ao contrário do "Théâtre du Soleil" de Mnouchkine, que ele quis homenagear, o Cirque trocou a utopia de artistas criadores por uma fórmula de regras rígidas, contratando talentos circenses do mundo todo.
Artistas brasileiros importantes passaram por ali, por isso é bom que sua visita se torne atração fixa da nossa temporada. Resta lamentar que os mais velhos espetáculos cheguem primeiro, como o "Saltimbanco", que se aposentou no Rio em 2006, com 14 anos de serviços.
"Broadway" do circo, os espetáculos são previsíveis, e talvez por isso atraiam colossais patrocínios públicos e privados. Não importa: de bom gosto e boa qualidade, que possam convencer empresários que apostar na arte pode ser um bom negócio.
(SÉRGIO SALVIA COELHO)


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