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Kiss, 35, repete show de 1975 hoje em São Paulo
Banda americana toca no Brasil pela quarta vez, com maquiagem e pirotecnia
Ainda há ingressos para pista comum nos shows
de hoje, em SP, no Arena Anhembi, e amanhã, no
Rio, na praça da Apoteose
IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aquele que já foi o mais grandioso espetáculo do mundo do
rock aterrissa no Brasil pela
quarta vez. Depois de shows em
1983 (com maquiagem), 1994
(sem maquiagem) e 1999 (com
maquiagem),o Kiss se apresenta na Arena Anhembi -e amanhã na praça da Apoteose, no
Rio-, novamente com maquiagem, além de sangue, fogo,
voos, pirotecnia, língua e, inclusive, música.
Da formação original, chegam apenas o da estrela (Paul
Stanley (guitarrista) e o demônio (Gene Simmons, baixista).
O que é suficiente, já que são os
líderes e principais cantores e
compositores.
O gato (Peter Criss, baterista) e o homem do espaço (Ace
Frehley, guitarra solo) foram
sumariamente demitidos pela
segunda (Frehley) e terceira
vez (Criss), por justa causa de
abuso de drogas e álcool.
"Peter e Ace nunca mais voltarão ao Kiss. Tiveram três
chances e foram expulsos em
todas elas. Acho que eles estão
mais felizes em casa. Não precisam estar com a gente na estrada reclamando de tudo", afirmou Gene Simmons à Folha,
claramente sem paciência com
os ex-companheiros.
Puxa, fãs mais antigos sentirão falta, não é uma pena?
"Não, não é! Se um caminhão te
atropela, é uma pena. Mas se
você decide usar drogas, não é
uma pena. É uma escolha. Se
você coloca a mão no fogo, vai
queimar. Qualquer criança sabe que não se ganha das drogas", conclui o demônio.
Em uma demonstração de
que nenhum dos dois fará falta,
Simmons e Stanley resolveram
maquiar os novos músicos como se fossem os antigos:
Tommy Thayer usa a maquiagem prateada espacial e Eric
Singer, o verde do felino.
"Decidimos usar as maquiagens clássicas", explica Simmons. "É o melhor. É como um
time de futebol. Você tem o camisa sete. Ele vai embora e outro entra na camisa sete."
Música
Resolvido o aspecto visual,
vamos à música: a turnê se chama "Alive/35", comemorando
35 anos de existência do grupo
-e 34 do lançamento do disco
"Alive!" (setembro de 1975).
"Alive!" foi o disco que salvou
o Kiss. Era duplo e trazia as melhores canções dos três primeiros álbuns da banda: "Kiss" (fevereiro de 1974), "Hotter Than
Hell" (outubro de 1974) e
"Dressed To Kill" (março de
1975). Esses LPs não conseguiam traduzir o melhor da
banda: a energia no palco.
E foi isso que "Alive!" conseguiu, com sua versão ao vivo de
"Rock and Roll All Nite". Chegou ao top ten da "Billboard" e
se manteve entre os mais vendidos por 110 semanas (pouco
mais de dois anos), acumulando cinco platinas. "Vamos tocar
"Alive!" inteiro", afirma Simmons. "Da primeira à última
canção, na ordem. Depois do
intervalo, voltamos e tocamos
mais uma dúzia de músicas
mais novas, como "Creatures of
the Night" [1982]."
O Kiss, informa Simmons,
anda frequentando o estúdio.
Estão gravando um novo álbum - o último foi "Psycho
Circus" (1998).
"O novo ainda não tem nome.
Estou achando que está ficando
parecido com "Rock and Roll
Over" [1976]. Um álbum bem
anos 70", diz o baixista. Segundo ele, sai em setembro.
E será que os fãs terão que tolerar as novas canções nos
shows brasileiros? "Talvez.
"Quem sabe? Nós fazemos nossas próprias regras, entendeu?"
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