São Paulo, terça-feira, 07 de abril de 2009

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Kiss, 35, repete show de 1975 hoje em São Paulo

Banda americana toca no Brasil pela quarta vez, com maquiagem e pirotecnia

Ainda há ingressos para pista comum nos shows de hoje, em SP, no Arena Anhembi, e amanhã, no Rio, na praça da Apoteose


IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Aquele que já foi o mais grandioso espetáculo do mundo do rock aterrissa no Brasil pela quarta vez. Depois de shows em 1983 (com maquiagem), 1994 (sem maquiagem) e 1999 (com maquiagem),o Kiss se apresenta na Arena Anhembi -e amanhã na praça da Apoteose, no Rio-, novamente com maquiagem, além de sangue, fogo, voos, pirotecnia, língua e, inclusive, música.
Da formação original, chegam apenas o da estrela (Paul Stanley (guitarrista) e o demônio (Gene Simmons, baixista). O que é suficiente, já que são os líderes e principais cantores e compositores.
O gato (Peter Criss, baterista) e o homem do espaço (Ace Frehley, guitarra solo) foram sumariamente demitidos pela segunda (Frehley) e terceira vez (Criss), por justa causa de abuso de drogas e álcool.
"Peter e Ace nunca mais voltarão ao Kiss. Tiveram três chances e foram expulsos em todas elas. Acho que eles estão mais felizes em casa. Não precisam estar com a gente na estrada reclamando de tudo", afirmou Gene Simmons à Folha, claramente sem paciência com os ex-companheiros.
Puxa, fãs mais antigos sentirão falta, não é uma pena? "Não, não é! Se um caminhão te atropela, é uma pena. Mas se você decide usar drogas, não é uma pena. É uma escolha. Se você coloca a mão no fogo, vai queimar. Qualquer criança sabe que não se ganha das drogas", conclui o demônio.
Em uma demonstração de que nenhum dos dois fará falta, Simmons e Stanley resolveram maquiar os novos músicos como se fossem os antigos: Tommy Thayer usa a maquiagem prateada espacial e Eric Singer, o verde do felino.
"Decidimos usar as maquiagens clássicas", explica Simmons. "É o melhor. É como um time de futebol. Você tem o camisa sete. Ele vai embora e outro entra na camisa sete."

Música
Resolvido o aspecto visual, vamos à música: a turnê se chama "Alive/35", comemorando 35 anos de existência do grupo -e 34 do lançamento do disco "Alive!" (setembro de 1975).
"Alive!" foi o disco que salvou o Kiss. Era duplo e trazia as melhores canções dos três primeiros álbuns da banda: "Kiss" (fevereiro de 1974), "Hotter Than Hell" (outubro de 1974) e "Dressed To Kill" (março de 1975). Esses LPs não conseguiam traduzir o melhor da banda: a energia no palco.
E foi isso que "Alive!" conseguiu, com sua versão ao vivo de "Rock and Roll All Nite". Chegou ao top ten da "Billboard" e se manteve entre os mais vendidos por 110 semanas (pouco mais de dois anos), acumulando cinco platinas. "Vamos tocar "Alive!" inteiro", afirma Simmons. "Da primeira à última canção, na ordem. Depois do intervalo, voltamos e tocamos mais uma dúzia de músicas mais novas, como "Creatures of the Night" [1982]."
O Kiss, informa Simmons, anda frequentando o estúdio. Estão gravando um novo álbum - o último foi "Psycho Circus" (1998).
"O novo ainda não tem nome. Estou achando que está ficando parecido com "Rock and Roll Over" [1976]. Um álbum bem anos 70", diz o baixista. Segundo ele, sai em setembro.
E será que os fãs terão que tolerar as novas canções nos shows brasileiros? "Talvez. "Quem sabe? Nós fazemos nossas próprias regras, entendeu?"


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