São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2004

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"THE GIRL IN THE OTHER ROOM"

Diana Krall incomoda puristas ao mexer em tangentes do jazz

GUILHERME WERNECK
EDITOR-ADJUNTO DA ILUSTRADA

"The Girl in the Other Room" não é apenas o melhor disco de Diana Krall. É o único álbum da carreira da cantora e pianista canadense em que ela se desprende do pântano incômodo da mediocridade.
Ao gravar composições próprias e parcerias com seu marido, Elvis Costello, Krall parece ter encontrado uma voz. Por não se render ao purismo, "The Girl" irritará ouvidos mais tradicionalistas. Mas sua virtude é trabalhar as tangentes do jazz e o reabilitar como expressão criativa.
Essa opção fica clara na escolha de duas canções de outros artistas: a insidiosa "Temptation" -tirada da ópera pop "Franks Wild Years", de Tom Waits-, que tem ressaltada sua inflexão jazzística na interpretação de Krall, e "Black Crow", versão de uma canção de Joni Mitchell.
A busca de "The Girl" é pelo casamento de forma e conteúdo. As letras de Costello e seu fraseado único impregnam as canções de sabedoria pop. A música, enfim, apresenta um balanço saudável entre sensibilidade, razão e risco.

Avaliação:
   

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