|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"THE GIRL IN THE OTHER ROOM"
Diana Krall incomoda puristas ao mexer em tangentes do jazz
GUILHERME WERNECK
EDITOR-ADJUNTO DA ILUSTRADA
"The Girl in the Other Room" não é apenas o melhor disco de Diana Krall. É o único álbum da carreira da cantora e
pianista canadense em que ela se
desprende do pântano incômodo
da mediocridade.
Ao gravar composições próprias e parcerias com seu marido,
Elvis Costello, Krall parece ter encontrado uma voz. Por não se
render ao purismo, "The Girl" irritará ouvidos mais tradicionalistas. Mas sua virtude é trabalhar as
tangentes do jazz e o reabilitar como expressão criativa.
Essa opção fica clara na escolha
de duas canções de outros artistas: a insidiosa "Temptation"
-tirada da ópera pop "Franks
Wild Years", de Tom Waits-,
que tem ressaltada sua inflexão
jazzística na interpretação de
Krall, e "Black Crow", versão de
uma canção de Joni Mitchell.
A busca de "The Girl" é pelo casamento de forma e conteúdo. As
letras de Costello e seu fraseado
único impregnam as canções de
sabedoria pop. A música, enfim,
apresenta um balanço saudável
entre sensibilidade, razão e risco.
Avaliação:
Texto Anterior: Música/lançamentos: Diferentes gerações do folk se encontram no Brasil Próximo Texto: Cantora estaciona no meio do caminho entre o jazz e o pop Índice
|