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ANÁLISE
Festival consolida modelo brasileiro de festa
ERIKA PALOMINO
ENVIADA ESPECIAL A MANAUS
Quando se fala em rave na
Amazônia, o primeiro pensamento pode ser que um bando
de malucos resolveu armar uma
festa na floresta. A coisa muda de
figura quando se conhece a
Ecosystem 1.0, que trouxe consciência ecológica e alguma ideologia a um fenômeno que, no Brasil,
até então acompanhava as premissas do hedonismo puro.
Se as festas nos campos ingleses
dos anos 80 serviram de inspiração para o modelo repetido por
aqui, desta vez a Ecosystem conseguiu terminar de definir o que
seria um formato brasileiro de celebração eletrônica.
Natureza, tecnologia e juventude eletrônica. Essa é a equação
brasileira. Ao associar conscientização ecológica com a música eletrônica, a Ecosystem dá um grande passo à frente. Nesse aspecto,
foram fundamentais a participação do Greenpeace e o patrocínio
do governo do Amazonas.
Iluminado pela lua cheia, o local
parecia um parque de diversões,
uma espécie de pajelança futurista. Musicalmente, o ambiente era
criativo e sugeriu novas formas de
trabalhar o eletrônico. Primeiro
porque os DJs tocavam na brodagem (de graça) e depois porque o
público acompanhava tudo, estimulando a originalidade.
Errou quem achava a Ecosystem mais um deslumbre "para inglês ver". O projeto é brasileiro até
a raiz do cabelo e brasileiro é em
sua maneira de fazer. O line up
deverá se fortalecer para 2002 e
então o evento passará a fazer
parte do circuito nacional e internacional das festas para não se
perder. Ecosystem: eu vou!
A jornalista Erika Palomino viajou a
convite da organização da Ecosystem 1.0
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