São Paulo, terça-feira, 07 de agosto de 2001

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ANÁLISE

Festival consolida modelo brasileiro de festa

ERIKA PALOMINO
ENVIADA ESPECIAL A MANAUS

Quando se fala em rave na Amazônia, o primeiro pensamento pode ser que um bando de malucos resolveu armar uma festa na floresta. A coisa muda de figura quando se conhece a Ecosystem 1.0, que trouxe consciência ecológica e alguma ideologia a um fenômeno que, no Brasil, até então acompanhava as premissas do hedonismo puro.
Se as festas nos campos ingleses dos anos 80 serviram de inspiração para o modelo repetido por aqui, desta vez a Ecosystem conseguiu terminar de definir o que seria um formato brasileiro de celebração eletrônica.
Natureza, tecnologia e juventude eletrônica. Essa é a equação brasileira. Ao associar conscientização ecológica com a música eletrônica, a Ecosystem dá um grande passo à frente. Nesse aspecto, foram fundamentais a participação do Greenpeace e o patrocínio do governo do Amazonas.
Iluminado pela lua cheia, o local parecia um parque de diversões, uma espécie de pajelança futurista. Musicalmente, o ambiente era criativo e sugeriu novas formas de trabalhar o eletrônico. Primeiro porque os DJs tocavam na brodagem (de graça) e depois porque o público acompanhava tudo, estimulando a originalidade.
Errou quem achava a Ecosystem mais um deslumbre "para inglês ver". O projeto é brasileiro até a raiz do cabelo e brasileiro é em sua maneira de fazer. O line up deverá se fortalecer para 2002 e então o evento passará a fazer parte do circuito nacional e internacional das festas para não se perder. Ecosystem: eu vou!


A jornalista Erika Palomino viajou a convite da organização da Ecosystem 1.0



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