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Brás e Mooca eram um só
da Reportagem Local
O jogo de bocha, o crustoli (doce
típico), a fisga para caçar rã e o indefectível sotaque italiano -imitado à exaustão- são coisas que
os mais antigos moradores da
Mooca, o bairro dos operários,
não abandonaram até hoje.
O bairro tem muitas semelhanças com o Brás. Afinal de contas
-como ressalta a repórter Neide
Duarte, responsável pelos dois
programas-, os dois eram um só
no princípio.
"Nosso trabalho foi batalhar o
testemunho vivo. As pessoas vibravam de contentamento pelo fato de alguém se interessar por sua
memória", conta.
Na Mooca, ela mostrou que Alfredo Di Cunto, dono de uma das
confeitarias mais tradicionais da
região, ainda trabalha fazendo panetones e que os japoneses agora
jogam gateball (espécie de críquete) onde era o hipódromo.
No Brás, revelou que o escritório
ocupado pelo presidente da CUT,
o sindicalista Vicentinho, já pertenceu ao conde Matarazzo, um
dos maiores industriais da cidade.
Não se esqueceu de mencionar a
"escuderia Pepe Legal", dos
"boys da Mooca", inspirados pela Jovem Guarda nos anos 60.
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