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Primeiro conclave matou cardeal
da Reportagem Local
Foi a partir da morte de Gregório
9º (1227-1241) que a escolha do novo papa passou a ser feita por meio
de um conclave.
A palavra, que significa "com
chave", foi adotada porque os cardeais deveriam permanecer fechados até chegarem a uma decisão final, como acontece na escolha do
novo pontífice ainda hoje.
Esse desejável consenso visava a
escolha de um papa que pudesse se
contrapor aos desejos expansionistas de Frederico 2º, que pretendia dominar os Estados papais.
O imperador alemão era um dos
mais poderosos da Idade Média e
conhecido também por seu pragmatismo político, que o levava a
tolerar judeus, muçulmanos e cristãos.
O primeiro conclave, porém,
mostrou-se trágico. Decidido a escolher um papa forte, o governante
romano, senador Matteo Orsini,
trancou os dez cardeais da cidade
no palácio Septizonium o os cercou por guardas armados.
Mas o tempo foi passando, o calor aumentou, as instalações sanitárias entupiram e os cardeais não
chegavam a um consenso.
Os nove restantes decidiram então rapidamente e elegeram o idoso Celestino 4º, que viveu apenas
mais 17 dias.
Diante da possibilidade de um
novo conclave, os cardeais fugiram
da cidade. Dois anos depois, reuniram-se na cidade de Anagni e elegeram o advogado canônico Sinibaldo Fieschi, que adotou o nome
de Inocêncio 4º (1243-1254).
(CF)
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