São Paulo, sábado, 7 de novembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Primeiro conclave matou cardeal

da Reportagem Local

Foi a partir da morte de Gregório 9º (1227-1241) que a escolha do novo papa passou a ser feita por meio de um conclave.
A palavra, que significa "com chave", foi adotada porque os cardeais deveriam permanecer fechados até chegarem a uma decisão final, como acontece na escolha do novo pontífice ainda hoje.
Esse desejável consenso visava a escolha de um papa que pudesse se contrapor aos desejos expansionistas de Frederico 2º, que pretendia dominar os Estados papais.
O imperador alemão era um dos mais poderosos da Idade Média e conhecido também por seu pragmatismo político, que o levava a tolerar judeus, muçulmanos e cristãos.
O primeiro conclave, porém, mostrou-se trágico. Decidido a escolher um papa forte, o governante romano, senador Matteo Orsini, trancou os dez cardeais da cidade no palácio Septizonium o os cercou por guardas armados.
Mas o tempo foi passando, o calor aumentou, as instalações sanitárias entupiram e os cardeais não chegavam a um consenso.
Os nove restantes decidiram então rapidamente e elegeram o idoso Celestino 4º, que viveu apenas mais 17 dias.
Diante da possibilidade de um novo conclave, os cardeais fugiram da cidade. Dois anos depois, reuniram-se na cidade de Anagni e elegeram o advogado canônico Sinibaldo Fieschi, que adotou o nome de Inocêncio 4º (1243-1254). (CF)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.