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entrevista
Diretor diz que filme é fiel à obra de Doyle
MARIANNE PIEMONTE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM
LONDRES
Se há uma estátua tão fotografada quanto a de Nelson, o
almirante que venceu Napoleão e figura no alto de Trafalgar Square, em Londres, é
a do detetive Sherlock Holmes, em Baker Street. O fascínio pelo detetive criado por
Arthur Conan Doyle há 120
anos é tamanho que parte
das pessoas que sorriem ao
lado da estátua acredita que
ele existiu na vida real.
A julgar pela bilheteria do
primeiro dia de exibição do
longa nos EUA, haverá fila
para tirar foto ao lado da estátua do detetive. O filme arrecadou US$ 24,9 milhões,
segundo a Warner Bros. Só
para se ter uma ideia do sucesso, a estreia de Natal do
ano passado, "Marley & Eu",
fez US$ 14,4 milhões.
"Elementar", como diria
Holmes nos livros de Conan
Doyle, expressão que não foi
usada no longa. O diretor
Guy Ritchie tirou o chapéu
de tweed, despiu o sobretudo
do herói e colocou no lugar
um exímio lutador de artes
marciais, que pratica descamisado uma rinha que é a sua
marca. "Guy é um cara do jiu-jitsu, eu luto há cinco anos, e
nos livros Holmes era um
homem de ação, então não
foi preciso muita preparação", disse Robert Downey
Jr., o ator americano que teve o sotaque inglês elogiado.
Ritchie falou que sua versão não descaracteriza os
personagens nem as histórias originais. O chapéu ao
qual costumamos associar o
detetive, por exemplo, nunca
foi mencionado nos livros.
"Nosso Holmes não está contaminado por símbolos antigos, mas está de acordo com
a obra de Doyle", falou Ritchie, durante a entrevista na
Freemason's Hall, uma loja
maçônica em Covent Garden, na região do West End
londrino, onde foi gravada a
primeira cena do filme.
Para a imprensa inglesa,
um vilão que renasce e usa
magia negra pode ser a pista
de sequências. Pelo sucesso
de crítica, público e pelo sorriso de lado de Ritchie, qualquer um diria: "Elementar".
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