São Paulo, sexta-feira, 08 de janeiro de 2010

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entrevista

Diretor diz que filme é fiel à obra de Doyle

MARIANNE PIEMONTE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LONDRES

Se há uma estátua tão fotografada quanto a de Nelson, o almirante que venceu Napoleão e figura no alto de Trafalgar Square, em Londres, é a do detetive Sherlock Holmes, em Baker Street. O fascínio pelo detetive criado por Arthur Conan Doyle há 120 anos é tamanho que parte das pessoas que sorriem ao lado da estátua acredita que ele existiu na vida real.
A julgar pela bilheteria do primeiro dia de exibição do longa nos EUA, haverá fila para tirar foto ao lado da estátua do detetive. O filme arrecadou US$ 24,9 milhões, segundo a Warner Bros. Só para se ter uma ideia do sucesso, a estreia de Natal do ano passado, "Marley & Eu", fez US$ 14,4 milhões.
"Elementar", como diria Holmes nos livros de Conan Doyle, expressão que não foi usada no longa. O diretor Guy Ritchie tirou o chapéu de tweed, despiu o sobretudo do herói e colocou no lugar um exímio lutador de artes marciais, que pratica descamisado uma rinha que é a sua marca. "Guy é um cara do jiu-jitsu, eu luto há cinco anos, e nos livros Holmes era um homem de ação, então não foi preciso muita preparação", disse Robert Downey Jr., o ator americano que teve o sotaque inglês elogiado.
Ritchie falou que sua versão não descaracteriza os personagens nem as histórias originais. O chapéu ao qual costumamos associar o detetive, por exemplo, nunca foi mencionado nos livros. "Nosso Holmes não está contaminado por símbolos antigos, mas está de acordo com a obra de Doyle", falou Ritchie, durante a entrevista na Freemason's Hall, uma loja maçônica em Covent Garden, na região do West End londrino, onde foi gravada a primeira cena do filme.
Para a imprensa inglesa, um vilão que renasce e usa magia negra pode ser a pista de sequências. Pelo sucesso de crítica, público e pelo sorriso de lado de Ritchie, qualquer um diria: "Elementar".


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