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Obra renega os princípios minimalistas
da Reportagem Local
Quando uma exposição de arte
minimalista foi aberta em Londres, nos anos 60, na Tate Gallery,
o crítico Michael Craig-Martin definiu assim o movimento: ``O minimalismo procura o significado
da arte na experiência imediata do
espectador. O objeto neutro, sem
referências e sem metáforas''.
Não por acaso foi esse o texto escolhido para estar no encarte do
CD ``Minimalist'', lançado pelo
selo Virgin em 1994, que reunia
trabalhos de John Adams, Philip
Glass, Steve Reich e Dave Heath.
Com ``Heroes Symphony'', seu
novo trabalho, Philip Glass continua com seu desejo de tomar distância do resto do grupo e renegar
um preceito básico. Dessa vez o
que mais há são as referências.
A ``Trilogia de Berlim'' foi realizada por David Bowie e Brian Eno
quando, segundo notícias dos
anos 70, os dois músicos estava viciados em heroína e não havia lugar mais depressivo no mundo do
que a cidade alemã.
A versão de Glass nasceu para
um balé da coreógrafa americana
Twyla Tharp.
Nesse trabalho, regido pelo
maestro Dennis Russel, da American Composers Orchestra, Glass
escolhe seis canções para, como
ele mesmo diz, retrabalhar suas
melodias.
Ao contrário de Adams, que permanece fiel aos seus princípios
(como em ``Harmonielehre), ou
Reich (que agora prepara uma
ópera sobre a tragédia do dirigível
Hindenburg), Glass, definitivamente, quer extrapolar seu meio.
Disco: Heroes Symphony
Compositor: Philip Glass
Lançamento: Point Music
Quanto: R$ 24, em média
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