São Paulo, sábado, 8 de fevereiro de 1997.

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Otis Rush, Buddy Guy e Junior Wells participarão do evento
Festival traz estrelas mesmo sem contar com patrocinador

LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Reportagem Local

O tradicional festival de blues que ocorre em São Paulo anualmente perdeu o patrocínio, mas será realizado de qualquer maneira.
Três estrelas de primeira grandeza do blues já assinaram contratos com a organização do festival: os guitarristas Buddy Guy e Otis Rush e o gaitista Junior Wells.
Buddy Guy é um dos melhores guitarristas de blues e um dos remanescentes da ``escola'' de Chicago.
Ele e Junior Wells vão reeditar no Brasil sua famosa parceria, iniciada em 1965. Há oito anos que não dividem o palco.
Já o canhoto Rush foi um dos guitarristas que mais influenciou os bluesmen ingleses. Sua ``All Your Love'' entrou no repertório de meio mundo na ilha, de Eric Clapton a Mick Taylor, passando por Peter Green e Gary Moore.
Embora não tenha sido beneficiado pela onda de popularidade do blues nos últimos anos, Rush faz parte da história do gênero. E será a primeira vez que se apresenta no Brasil.
Procura
Criado em 1989, o festival de Blues começou apenas em Ribeirão Preto. Em 1994, passou a se chamar Nescafé & Blues. No ano passado, o evento cresceu e começou a ser realizado também no Rio de Janeiro.
Mas, no final de dezembro, o festival perdeu o patrocínio. Desde então, o produtor César Castanho está em busca de uma empresa que banque o evento.
``Eles queriam diminuir em mais de 50% a verba do festival'', diz Castanho, explicando o fim do contrato.
O festival está orçado em US$ 800 mil -incluindo campanha de mídia, produção, cachês e produtos diversos, como CDs. É o mais barato dos principais festivais de música do país.
Mesmo que não consiga o patrocínio, Castanho garante que o festival acontece com o nome de Blues 97. Quatro noites já estão reservadas no Palace -os dias 8 a 11 de maio.
A diferença será o tamanho do festival. Sem o patrocínio, ele será menor do que nos outros anos.
Castanho está em negociação com outros músicos no exterior, mas a vinda de mais atrações internacionais depende de um patrocinador.

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