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São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2003

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Filo une artes cênicas e projetos sociais

DA REPORTAGEM LOCAL

Dos eventos do país que mais apostam na contrapartida político-social das artes cênicas, o Festival Internacional de Londrina (Filo), no Paraná, abre amanhã sua 36ª edição com o Balé Teatro Guaíra, de Curitiba.
A apresentação da coreografia "Segundo Corpo", de Roseli Rodrigues, no palco do cine-teatro Ouro Verde, dá início à programação que segue até o dia 31 e reúne 16 grupos internacionais, de 11 países (Brasil incluído), como Holanda, Portugal, França, Inglaterra, EUA, Espanha, Chile e Argentina. São 14 companhias nacionais e 12 locais.
O coordenador-geral do Filo, Luiz Bertipaglia, 36, afirma que a idéia é seguir o norte das últimas edições que aglutinaram tendências da cena contemporânea.
No plano internacional, por exemplo, ele cita o clown da francesa Laura Hertz, os bonecos da holandesa Stuffed Puppet Company, a utilização de tecnologias, sobretudo vídeo, pelo grupo inglês Green Ginger e a dança da companhia belga com Le Ballet C. de La B..
Participam da mostra nacional, entre outros, a Armazém Cia. de Teatro ("Pessoas Invisíveis"), que nasceu em Londrina há 16 anos e hoje é radicada no Rio; a Cia. Amok Teatro ("Cartas de Rodez"); a Cia. São Jorge de Variedades ("Biedermann e os Incendiários") e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos ("Bartolomeu, que Será que Nele Deu?"), ambos de São Paulo; o monólogo paulista "Anjo Duro", com Berta Zemel; e o grupo Oficcina Multimédia ("A Casa de Bernarda Alba"), de BH.
Os Projetos de Maio, segmento social do Filo com ações junto às comunidades, somam 16 este ano. Envolvem modalidades ou expressões como teatro, dança, circo, fotografia, artes visuais, poesia, rádio e costura.
Entre os locais que recebem os projetos, estão a Penitenciária Estadual de Londrina, uma área de invasão urbana e um assentamento da vizinha Arapongas.
Constam ainda das atividades paralelas um fórum de debates com intelectuais, artistas e professores e o Encontro da Rede Cultural do Mercosul.
O Filo abrigará também o lançamento oficial do Festival das Três Fronteiras, previsto para agosto, intercâmbio cultural entre Brasil, Argentina, Paraguai e outros países latinos.
Criado em 1968, por grupos universitários de Londrina capitaneados pela diretora Nitis Jacon, o festival já foi municipal, estadual, nacional, latino-americano até consolidar-se, nos últimos anos, como internacional.
Com orçamento de R$ 1,4 milhão, o Filo é uma realização da Associação dos Amigos da Educação e Cultura do Norte do Paraná (Àmen) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com apoio do governo do Paraná, Prefeitura de Londrina, Ministério da Cultura e Unesco. (VS)


36º FESTIVAL INTERNACIONAL DE LONDRINA. De amanhã a 31/5. Quanto: R$ 10. Informações: 0/xx/43/3344-0638 ou www.filo.art.br. Patrocinadores: BR Petrobras, Eletrobrás e TIM.


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