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Filo une artes cênicas e projetos sociais
DA REPORTAGEM LOCAL
Dos eventos do país que mais
apostam na contrapartida político-social das artes cênicas, o Festival Internacional de Londrina
(Filo), no Paraná, abre amanhã
sua 36ª edição com o Balé Teatro
Guaíra, de Curitiba.
A apresentação da coreografia
"Segundo Corpo", de Roseli Rodrigues, no palco do cine-teatro
Ouro Verde, dá início à programação que segue até o dia 31 e
reúne 16 grupos internacionais,
de 11 países (Brasil incluído), como Holanda, Portugal, França,
Inglaterra, EUA, Espanha, Chile e
Argentina. São 14 companhias
nacionais e 12 locais.
O coordenador-geral do Filo,
Luiz Bertipaglia, 36, afirma que a
idéia é seguir o norte das últimas
edições que aglutinaram tendências da cena contemporânea.
No plano internacional, por
exemplo, ele cita o clown da francesa Laura Hertz, os bonecos da
holandesa Stuffed Puppet Company, a utilização de tecnologias,
sobretudo vídeo, pelo grupo inglês Green Ginger e a dança da
companhia belga com Le Ballet C.
de La B..
Participam da mostra nacional,
entre outros, a Armazém Cia. de
Teatro ("Pessoas Invisíveis"), que
nasceu em Londrina há 16 anos e
hoje é radicada no Rio; a Cia.
Amok Teatro ("Cartas de Rodez"); a Cia. São Jorge de Variedades ("Biedermann e os Incendiários") e Núcleo Bartolomeu de
Depoimentos ("Bartolomeu, que
Será que Nele Deu?"), ambos de
São Paulo; o monólogo paulista
"Anjo Duro", com Berta Zemel; e
o grupo Oficcina Multimédia ("A
Casa de Bernarda Alba"), de BH.
Os Projetos de Maio, segmento
social do Filo com ações junto às
comunidades, somam 16 este ano.
Envolvem modalidades ou expressões como teatro, dança, circo, fotografia, artes visuais, poesia, rádio e costura.
Entre os locais que recebem os
projetos, estão a Penitenciária Estadual de Londrina, uma área de
invasão urbana e um assentamento da vizinha Arapongas.
Constam ainda das atividades
paralelas um fórum de debates
com intelectuais, artistas e professores e o Encontro da Rede Cultural do Mercosul.
O Filo abrigará também o lançamento oficial do Festival das Três
Fronteiras, previsto para agosto,
intercâmbio cultural entre Brasil,
Argentina, Paraguai e outros países latinos.
Criado em 1968, por grupos
universitários de Londrina capitaneados pela diretora Nitis Jacon, o festival já foi municipal, estadual, nacional, latino-americano até consolidar-se, nos últimos
anos, como internacional.
Com orçamento de R$ 1,4 milhão, o Filo é uma realização da
Associação dos Amigos da Educação e Cultura do Norte do Paraná (Àmen) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com
apoio do governo do Paraná, Prefeitura de Londrina, Ministério da
Cultura e Unesco.
(VS)
36º FESTIVAL INTERNACIONAL DE LONDRINA. De amanhã a 31/5. Quanto:
R$ 10. Informações: 0/xx/43/3344-0638
ou www.filo.art.br. Patrocinadores: BR
Petrobras, Eletrobrás e TIM.
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