São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002

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BARBARA GANCIA

Luciano Huck beija bonitona rodada

Que o Luciano Huck é beijoqueiro todo o mundo sabe. Que gosta de beldades também.
Mas quem poderia imaginar que ele tivesse coragem de dar umas bitocas naquela saidinha, depois de ela ter sido osculada no mesmo dia por 23 atletas, uma infinidade de cartolas e até pelo presidente da República?
Alô, Luciano Huck! Todo o mundo viu você em cima do trio elétrico, na etapa carioca da comemoração, pegar aquela figurinha rodada das mãos do goleiro Marcos e tascar um beijo nela. Ugh, que nojo! É preciso ser muito macho mesmo para beijar a taça do pentacampeonato depois de um bando de marmanjos suados encostar os lábios nela!
Vamos ao puxão de orelha, assim a gente tira logo as coisas chatas do meio do caminho. Alô, José Luiz Datena! Como é que você deixa a sua repórter enfiar o microfone na cara de um senhor que tinha acabado de ser informado da morte violenta da filha de 11 anos?
E não foi só com o pai de uma das vítimas do acidente da rodovia Castello Branco que a profissional faltou com respeito. Uma a uma, todas as pessoas que chegavam ao IML, aflitas atrás de informações dos parentes, eram abordadas pela repórter do "Cidade Alerta". A cena foi constrangedora, não só para quem teve sua privacidade invadida, mas para todos os telespectadores com um mínimo de compaixão.
Se ainda a invasão de privacidade tivesse tido algum objetivo palpável, a gente poderia compreender. Mas não. Foi pura canalhice, jornalismo preguiçoso e sensacionalista da pior espécie.
Já que na outra emissora você chegou a reclamar ao vivo de métodos antiéticos, como no caso da enquete para saber se o cantor Belo era culpado ou não, torço para que, nesse episódio, você também tenha rodado a baiana. De nada serve gritar contra a injustiça na frente das câmeras se a faxina não começa em casa, certo, biscoito?
E eu prometi que falaria sobre o Thyrso do "BBB", não prometi? Então vamos lá. Coisa estranha o Thyrso se apresentar no programa como chef de cozinha. Que eu saiba ele é, ou era, um dos tantos garçons bonitinhos do restaurante Spot, em Sampa. Mas, se ele acalenta o sonho de ser chef, dou a maior força. O que não dá para aguentar é ele não ver nada de errado em fazer papel de baba-ovo na frente do país inteiro. A obsessão pela loirinha não me engana. Gente que não tem pudor de alugar o saco do outro a ponto de causar claustrofobia é capaz, em um minuto, de transformar súplicas melosas em violência. Te cuida, Manuela!

E-mail: barbara@uol.com.br
www.uol.com.br/barbaragancia/


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