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Banda desdenha antigo hit
da enviado ao Rio
"Que Deus me perdoe, mas
eu prefiro fazer sucesso com
"Resposta' ao sucesso que
"Garota Nacional' obteve. Foi
muito chato." Assim é o balanço que Samuel Rosa e toda a
banda fazem do megahit que
ajudou, e muito, a "O Samba
Poconé" atingir a marca de 1,8
milhão de cópias vendidas e fazer a banda alcançar -cantando em português- o primeiro
lugar na parada de rádios espanholas, feito inédito para brasileiros.
"Foi bom por ter estourado
em outros países, mas nós nos
saturamos."
"O sucesso de "Calango'
(disco de 94) foi muito mais
prazeroso, passo a passo",
disse o vocalista. "Garota
Nacional' deu um empurrão
que eu não queria; uma porrada que não sei se estávamos
preparado", completou.
A música fala de uma garota
muito bonita que provocava os
homens no Bar Nacional, em
Belo Horizonte.
A estrondosa repercussão da
música levou um "público flutuante", como classifica Rosa,
aos shows do Skank. "Eram
aqueles caras que não tinham
nenhum compromisso com a
banda e iam aos shows para
"azarar' as mulheres e jogar
latas de cerveja no palco."
Mas, no exterior, principalmente em países latinos, como
Chile, Espanha e Argentina,
-e apesar do sucesso alcançado lá- "Garota Nacional" foi
"má interpretada", de acordo
com Rosa. "Eles achavam que
estávamos explorando a mulher brasileira, aquela imagem
das mulatas, do sexo fácil, que
o Brasil tem lá fora."
"Há uma parte do doce da
qual não se gosta", disse Rosa
sobre a grande notoriedade da
música. "Se for para ter êxito,
que seja com "Siderado'."
(MN)
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