São Paulo, quarta, 8 de julho de 1998

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Banda desdenha antigo hit

da enviado ao Rio

"Que Deus me perdoe, mas eu prefiro fazer sucesso com "Resposta' ao sucesso que "Garota Nacional' obteve. Foi muito chato." Assim é o balanço que Samuel Rosa e toda a banda fazem do megahit que ajudou, e muito, a "O Samba Poconé" atingir a marca de 1,8 milhão de cópias vendidas e fazer a banda alcançar -cantando em português- o primeiro lugar na parada de rádios espanholas, feito inédito para brasileiros. "Foi bom por ter estourado em outros países, mas nós nos saturamos." "O sucesso de "Calango' (disco de 94) foi muito mais prazeroso, passo a passo", disse o vocalista. "Garota Nacional' deu um empurrão que eu não queria; uma porrada que não sei se estávamos preparado", completou. A música fala de uma garota muito bonita que provocava os homens no Bar Nacional, em Belo Horizonte. A estrondosa repercussão da música levou um "público flutuante", como classifica Rosa, aos shows do Skank. "Eram aqueles caras que não tinham nenhum compromisso com a banda e iam aos shows para "azarar' as mulheres e jogar latas de cerveja no palco." Mas, no exterior, principalmente em países latinos, como Chile, Espanha e Argentina, -e apesar do sucesso alcançado lá- "Garota Nacional" foi "má interpretada", de acordo com Rosa. "Eles achavam que estávamos explorando a mulher brasileira, aquela imagem das mulatas, do sexo fácil, que o Brasil tem lá fora." "Há uma parte do doce da qual não se gosta", disse Rosa sobre a grande notoriedade da música. "Se for para ter êxito, que seja com "Siderado'." (MN)



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