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Pavilhão 9, Planet Hemp e Racionais foram alguns dos escolhidos
Premiação de música negra
celebra popularidade do rap
XICO SÁ
da Reportagem Local
Qual uma espécie de "Video
Music Awards" da periferia do
Terceiro Mundo, a produtora
Nigthkings celebrou, na noite de
anteontem, os dez melhores da
música negra deste ano.
A escolha livre dos produtores
prestigiou grupos badalados,
como o Planet Hemp, e boas novas como Los Sea Dux.
Por conta da agenda lotada, a
maioria dos homenageados não
pode comparecer à festa. Mas a
noite teve o brilho de novos e
bons grupos de hip hop, como
Vítimas do Ódio, Camorra e
Z'Africa Brasil.
Foram premiados, além do
Hemp e Los Sea Dux, Racionais,
Thaíde & DJ Hum, Pavilhão 9,
Kaia, SP Funk, Faces do Subúrbio, Armagedon e Elementos da
Terra.
Os rapazes do Pavilhão 9, por
exemplo, culpam a imprensa
por tentar "provocar intrigas".
Rho$$i, um dos vocalistas,
mandou a sua bronca: "Não
tem nada a ver o que escrevem".
Responsável pela ressurreição
de uma marca do rap paulistano, Rho$$i acha que não faz
sentido a polêmica que expõe o
Pavilhão como rival dos Racionais.
Os dois grupos são os mais populares da atualidade em São
Paulo, onde o rap começa a se
firmar como um mercado atrativo. Na semana passada, quatro
dias depois de lançado, o novo
disco do Pavilhão já havia vendido 10 mil cópias.
Os bailes nas quadras e salões
da cidade também têm atraído
muita gente, incluindo cada vez
mais xjovens da classe média
paulistana, que antes ignoravam
essa indústria de eventos.
O crescimento desse mercado
fez surgir várias grifes direcionadas a este público, como a Pixa-in hip-hop wear.
A festa contou ainda com a
discotecagem balançante de
Marcelinho, componente do
Câmbio Negro.
Esse grupo, que surgiu na cidade satélite de Ceilândia (DF),
é um dos pioneiros na introdução do baixo, guitarra e bateria
no rap brasileiro. Prepara no
momento o seu terceiro disco.
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