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Houellebecq abafa 368 novidades
DA REPORTAGEM LOCAL
Todos os anos, após as férias de
verão, começa na França a chamada "rentrée" (algo como volta
para casa). Uma marca do período é a avalanche de novos livros.
Este ano, outros 368 títulos terão de se esforçar para fazer frente
a "Plateforme" (ed. Flammarion).
O terceiro romance de Michel
Houellebecq ocupa diariamente,
desde seu lançamento, em 24/8,
os cadernos culturais de seu país.
Houellebecq, 43, nascido em
Reunião (Departamento de Ultramar da França, no oceano Índico) e residente na Irlanda, escolheu para protagonista do novo livro um turista sexual francês.
Seu livro anterior, "Partículas
Elementares" (aqui publicado pela Sulina), ia contra os mitos da
contracultura sessentista. Causou
polêmica -e a polêmica, sucesso.
Parece que ele cunhou aí uma
fórmula e a usou em "Plateforme". Começou atacando o "Guide du Routard". No livro, chama
os pesquisadores do mais popular
guia de viagem francês de "babacas humanitários protestantes".
Depois foi a vez do islamismo.
Em entrevista à revista "Lire"
(www.lire.fr), disse que "o Islã é a
religião mais estúpida que há". O
mundo islâmico protestou.
Na França, Houellebecq tem
status de astro pop. Na internet,
encontram-se páginas dos dois
mais notáveis grupos sobre o autor: a Association des Amis de Michel Houellebecq (a associação de
amigos, www.multimania.com/houellebecq) e a Amicale des Ennemis des Amis de Michel Houellebecq (dos "inimigos dos amigos", www.frederic-vignale.com/mh).
(FA)
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