São Paulo, sábado, 08 de setembro de 2001

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Houellebecq abafa 368 novidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Todos os anos, após as férias de verão, começa na França a chamada "rentrée" (algo como volta para casa). Uma marca do período é a avalanche de novos livros.
Este ano, outros 368 títulos terão de se esforçar para fazer frente a "Plateforme" (ed. Flammarion). O terceiro romance de Michel Houellebecq ocupa diariamente, desde seu lançamento, em 24/8, os cadernos culturais de seu país.
Houellebecq, 43, nascido em Reunião (Departamento de Ultramar da França, no oceano Índico) e residente na Irlanda, escolheu para protagonista do novo livro um turista sexual francês.
Seu livro anterior, "Partículas Elementares" (aqui publicado pela Sulina), ia contra os mitos da contracultura sessentista. Causou polêmica -e a polêmica, sucesso.
Parece que ele cunhou aí uma fórmula e a usou em "Plateforme". Começou atacando o "Guide du Routard". No livro, chama os pesquisadores do mais popular guia de viagem francês de "babacas humanitários protestantes". Depois foi a vez do islamismo.
Em entrevista à revista "Lire" (www.lire.fr), disse que "o Islã é a religião mais estúpida que há". O mundo islâmico protestou.
Na França, Houellebecq tem status de astro pop. Na internet, encontram-se páginas dos dois mais notáveis grupos sobre o autor: a Association des Amis de Michel Houellebecq (a associação de amigos, www.multimania.com/houellebecq) e a Amicale des Ennemis des Amis de Michel Houellebecq (dos "inimigos dos amigos", www.frederic-vignale.com/mh). (FA)



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