São Paulo, quarta-feira, 08 de setembro de 2004

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Solondz e Gitai levam sexo à tela de Veneza

DA REDAÇÃO

O diretor norte-americano Todd Solondz está acostumado a fazer a audiência se contorcer com seus filmes chocantes e perversamente divertidos. "Palindromes", que estreou ontem no Festival de Veneza, não é exceção.
O drama conta a história de Aviva, uma garota de 12 anos grávida, que foge de casa quando seus pais a forçam a abortar. Em uma aventura do tipo "Alice no País das Maravilhas", Aviva descobre um mundo cheio de desajustados, incluindo um caminhoneiro pedófilo e uma família de deficientes cristãos cuja missão de vida é lutar contra os pró-aborto.
"É possível que as pessoas saiam do meu filme falando sobre ele em termos da "questão" que levanta, mas esse não é um filme de "questões'", escreveu Solondz.
O israelense Amos Gitai faz outra abordagem do sexo. Em "Promised Land" ele mostra um grupo de mulheres contrabandeadas como escravas sexuais.
"O cinema tem feito muito estrago ao repetir a imagem, do século 19, de que bordéis são lugares divertidos", disse Gitai na coletiva de imprensa. "Estamos acostumados com relações sexuais industrializadas, e acho que é hora de falarmos sobre isso."


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