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Emenda muda TVs abertas
da Reportagem Local
A proposta de emenda constitucional 455/97 foi apresentada ao
Congresso pelo deputado Aloysio
Nunes Ferreira (PSDB-SP) em
março do ano passado.
A proposta modifica os parágrafos 1º e 2º do artigo 222 da Constituição federal, que regem sobre a
propriedade de empresas jornalísticas e de radiodifusão (TV aberta
e rádio).
Pela norma vigente atualmente,
esse tipo de empresa só pode ser
controlada por pessoas físicas e
brasileiras. Ou seja, as concessões
de TV, por exemplo, são outorgadas a pessoas físicas (como Silvio
Santos ou Roberto Marinho, por
exemplo), e não a empresas (pessoas jurídicas, como o SBT ou a
Globo).
A Constituição permite que até
30% do capital dessas empresas
pertençam a pessoas jurídicas brasileiras, desde que os investidores
não participem de decisões (sem
direito a voto).
A proposta de emenda muda esse cenário -que "obriga" emissoras a serem empresas familiares.
A emenda torna possível a propriedade total de empresas jornalísticas e de radiodifusão por empresas jurídicas. Além disso, permite a participação de até 30% de
capital estrangeiro na composição
acionária desse tipo de empresa.
Segundo o deputado Nunes Ferreira, ao se tornarem pessoas jurídicas, as empresas de comunicação podem se capitalizar, negociando, por exemplo, títulos no
mercado financeiro.
"Os atuais limites constitucionais enfraquecem a imprensa, que,
para se capitalizar, recorre a empréstimos proibitivos", diz o deputado.
Antes de apresentar a proposta
de emenda, Nunes Ferreira ouviu
emissoras de TV e entidades empresariais, como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), que apóiam as
mudanças.
Votação
A emenda foi aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça. Atualmente, é analisada em uma comissão especial.
Após essa fase, será discutida e
votada, em dois turnos, na Câmara
dos Deputados e no Senado.
Para ser aprovada, terá que receber votos de três quintos dos deputados e dos senadores.
A previsão de Nunes Ferreira é
de que a emenda seja votada a partir de abril do ano que vem.
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