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SUNDANCE
América Latina emplaca sete
produções em festival dos EUA
do enviado a Havana
Sete longas-metragens farão a
disputa latino-americana do Sundance Film Festival 2000, que
acontece entre 20 e 30 de janeiro
do próximo ano.
O representante brasileiro nessa
disputa será o documentário "Os
Carvoeiros", uma co-produção
com a Inglaterra dirigida por Nigel Noble, em cartaz nos cinemas
da cidade.
Como neste ano, a maior representação será mexicana, com três
títulos. O mais célebre é "Ninguém Escreve ao Coronel", versão
fidelíssima para a novela escrita
por Gabriel García Márquez filmada por Arturo Ripstein.
A outra ficção é "La Ley de Herodes", de Luis Estrada (filme que
gerou polêmica no 4º Festival de
Cinema Francês de Acapulco ao
ser censurado pelo Instituto Mexicano de Cinema e ter sua exibição liberada após protestos do
público e de artistas que participavam do festival).
A lista mexicana inclui também
o documentário "Del Olvido ao
No me Acuerdo", de Juan Carlos
Rulfo. O diretor ficou entre os três
finalistas para o prêmio máximo
do recém-encerrado festival de
Amsterdã com seu tocante e elíptico estudo sobre a fragilidade da
memória, inspirado pela obra de
seu pai, o escritor Juan Rulfo
("Pedro Páramo" e "O Galo de
Ouro").
Da Argentina foram selecionados o drama familiar "Rio Escondido", de Mercedes García Guevara, e "Mundo Grua", o multipremiado retrato da crise de emprego na Argentina de Menem,
dirigido por Pablo Trapero. Por
fim, Cuba terá exibida a comédia
musical "Un Paraiso Bajo las Estrejas", de Gerardo Chijona.
Caetano em Havana
Caetano Veloso encerrou sua
primeira visita a Havana na tarde
de domingo.
"Foi fabuloso", disse à Folha
momentos antes de partir, no mítico Hotel Nacional.
Acompanhado por Paula Lavigne, Caetano cumpriu uma verdadeira maratona musical em seus
quatro dias na capital cubana. Na
noite de abertura do festival de cinema deste ano, concedeu um
"show de bolso", na definição do
cineasta Carlos Diegues, antes da
projeção de "Orfeu".
Foi sua primeira e única (pelo
menos durante esta passagem pela cidade) apresentação pública
na ilha.
Nos dias seguintes, encontrou-se separadamente com os músicos Pablo Milanes e Sílvio Rodrigues e assistiu, entusiasmado, a
um show do mestre do bolero
Portilho de la Luz e a uma apresentação em praça pública celebrando os 30 anos do The Vam
Vam.
Em entrevista ao diário oficial
"Granma", o cantor e compositor
brasileiro classificou o povo cubano como "doce como o do Rio de
Janeiro e o da Bahia".
"Só por estar aqui e ver essa
gente tenho material para pensar
um ano", concluiu.
(AL)
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