São Paulo, Quarta-feira, 08 de Dezembro de 1999


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SUNDANCE
América Latina emplaca sete produções em festival dos EUA

do enviado a Havana


Sete longas-metragens farão a disputa latino-americana do Sundance Film Festival 2000, que acontece entre 20 e 30 de janeiro do próximo ano.
O representante brasileiro nessa disputa será o documentário "Os Carvoeiros", uma co-produção com a Inglaterra dirigida por Nigel Noble, em cartaz nos cinemas da cidade.
Como neste ano, a maior representação será mexicana, com três títulos. O mais célebre é "Ninguém Escreve ao Coronel", versão fidelíssima para a novela escrita por Gabriel García Márquez filmada por Arturo Ripstein.
A outra ficção é "La Ley de Herodes", de Luis Estrada (filme que gerou polêmica no 4º Festival de Cinema Francês de Acapulco ao ser censurado pelo Instituto Mexicano de Cinema e ter sua exibição liberada após protestos do público e de artistas que participavam do festival).
A lista mexicana inclui também o documentário "Del Olvido ao No me Acuerdo", de Juan Carlos Rulfo. O diretor ficou entre os três finalistas para o prêmio máximo do recém-encerrado festival de Amsterdã com seu tocante e elíptico estudo sobre a fragilidade da memória, inspirado pela obra de seu pai, o escritor Juan Rulfo ("Pedro Páramo" e "O Galo de Ouro").
Da Argentina foram selecionados o drama familiar "Rio Escondido", de Mercedes García Guevara, e "Mundo Grua", o multipremiado retrato da crise de emprego na Argentina de Menem, dirigido por Pablo Trapero. Por fim, Cuba terá exibida a comédia musical "Un Paraiso Bajo las Estrejas", de Gerardo Chijona.

Caetano em Havana
Caetano Veloso encerrou sua primeira visita a Havana na tarde de domingo.
"Foi fabuloso", disse à Folha momentos antes de partir, no mítico Hotel Nacional.
Acompanhado por Paula Lavigne, Caetano cumpriu uma verdadeira maratona musical em seus quatro dias na capital cubana. Na noite de abertura do festival de cinema deste ano, concedeu um "show de bolso", na definição do cineasta Carlos Diegues, antes da projeção de "Orfeu".
Foi sua primeira e única (pelo menos durante esta passagem pela cidade) apresentação pública na ilha.
Nos dias seguintes, encontrou-se separadamente com os músicos Pablo Milanes e Sílvio Rodrigues e assistiu, entusiasmado, a um show do mestre do bolero Portilho de la Luz e a uma apresentação em praça pública celebrando os 30 anos do The Vam Vam.
Em entrevista ao diário oficial "Granma", o cantor e compositor brasileiro classificou o povo cubano como "doce como o do Rio de Janeiro e o da Bahia".
"Só por estar aqui e ver essa gente tenho material para pensar um ano", concluiu. (AL)


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