DO CRÍTICO DA FOLHA

Quais os limites da normalidade quando se adentra no terreno da obsessão? É uma questão de "Pecados Íntimos", um filme sobre família, fidelidade, paixão e perversão.
Todd Field ("Entre Quatro Paredes") examina o mecanismo dos afetos em um ponto de vista subterrâneo. É o avesso da tranqüilidade que o interessa.
Um atraente advogado desempregado serve de catalisador de paixões mais ou menos confessas em um grupo de mães de família realizadas, mas entediadas. Em contraponto, um pedófilo recém-saído da prisão serve de questionamento do que é o mal ou o bem em um universo conservador. E dá origem a uma cena espetacular, numa piscina pública, releitura do simbolismo do "Tubarão", de Spielberg.
Mas quando extrai uma tese social acima dos personagens, o longa se converte numa versão intimista de "Crash", ou seja, se transforma em lição moralista. (CSC)

PECADOS ÍNTIMOS   
Direção: Todd Field
Produção: EUA, 2006
Com: Kate Winslet, Patrick Wilson, Jennifer Connelly
Quando: em cartaz a partir de hoje no Arteplex e circuito

Texto Anterior: "Pecados Íntimos" reflete política, diz Todd Field
Próximo Texto: Música: "Segundo disco é cheio de truques"
Índice