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OUTROS 500
Capitais recebem exposição sobre Cabral
CYNARA MENEZES
especial para a Folha
Quem descobriu
o Brasil? Há quem
sustente que o navegador Duarte Pacheco Pereira (em
1498) e dois navegantes espanhóis, Vicente Yañez
Pinzón e Diego de Lepe (em janeiro e fevereiro de 1500), tenham
chegado aqui antes de Pedro Álvares Cabral.
Mas foi o português de Belmonte quem levou a fama e, afinal, tomou posse deste território. E é ele
o homenageado da exposição "O
Viajante do Rei", com abertura simultânea prevista para hoje em
todas as capitais brasileiras.
A mostra, promovida pela Odebrecht e pela Fundação Banco do
Brasil dentro do projeto "Memória, Brasil 500 Anos", também poderá ser vista em Ribeirão Preto e
em São Vicente (SP), a primeira
vila brasileira, além de Santarém
(Portugal), onde Cabral morreu.
Na cidade portuguesa, será
aberta, com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente de Portugal,
Jorge Sampaio, a Casa do Brasil,
local onde está hoje a Casa de Cabral, que se supõe ter sido a última
residência do navegador.
A inauguração da casa e da restauração do conjunto arquitetônico, que inclui ainda a Igreja da
Graça (onde estão os restos mortais de Cabral), acontecem também hoje, data em que, há 500
anos, o navegador e sua armada
de 13 caravelas e cerca de 1200 homens -a maior frota até então
organizada em Portugal-, deixaram seu país em direção às Índias
e acabaram chegando ao Brasil.
A exposição pretende aproximar o público da figura do navegador, nomeado pelo rei d. Manuel capitão-mor da armada que
faria a primeira expedição às Índias depois do retorno de Vasco
da Gama, em agosto de 1499.
Na exposição, integrada por
painéis fotográficos em forma de
cubos, poderão ser vistas reproduções de pinturas que retratam
o Descobrimento e personagens
da época, além de documentos,
como o fac-símile da famosa carta
de Pero Vaz de Caminha dando
conhecimento ao rei sobre a descoberta das novas terras.
Na Casa do Brasil, em Santarém, planejada para ser um pólo
cultural entre a história dos dois
países, acontece ainda a exposição "Moedas Portuguesas da
Época dos Descobrimentos", com
peças raras pertencentes ao acervo do Museu Histórico Nacional
português. Ainda não está prevista a vinda da mostra ao Brasil.
Depois das capitais, a exposição
"O Viajante do Rei" percorrerá
cerca de 300 cidades do interior
do Brasil até o final do ano. Para
quem está curioso, já é possível
apreciar as imagens e saber mais
sobre o navegador via Internet
(www.cabral.art.br).
No site estão informações sobre
Cabral e um pouco dos primórdios do Brasil, em textos que contam com a colaboração de especialistas na história do Descobrimento, como o contra-almirante
Max Justo Guedes, diretor do Patrimônio Histórico e Cultural da
Marinha e fonte de informação da
maioria dos livros que se vêm publicando sobre o período.
Em São Paulo, "Cabral, o Viajante do Rei" pode ser vista na Estação Júlio Prestes (pça. Júlio Prestes, s/nº, região central).
Exposição: Cabral, o Viajante do Rei
Quando: a partir de hoje
Onde: nas capitais brasileiras, em
Ribeirão Preto e São Vicente (SP), e em
Santarém (Portugal)
Patrocínio: Odebrecht e Fundação
Banco do Brasil
Quanto: entrada franca
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