São Paulo, quinta-feira, 09 de março de 2000


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OUTROS 500
Capitais recebem exposição sobre Cabral

CYNARA MENEZES
especial para a Folha


Quem descobriu o Brasil? Há quem sustente que o navegador Duarte Pacheco Pereira (em 1498) e dois navegantes espanhóis, Vicente Yañez Pinzón e Diego de Lepe (em janeiro e fevereiro de 1500), tenham chegado aqui antes de Pedro Álvares Cabral.
Mas foi o português de Belmonte quem levou a fama e, afinal, tomou posse deste território. E é ele o homenageado da exposição "O Viajante do Rei", com abertura simultânea prevista para hoje em todas as capitais brasileiras.
A mostra, promovida pela Odebrecht e pela Fundação Banco do Brasil dentro do projeto "Memória, Brasil 500 Anos", também poderá ser vista em Ribeirão Preto e em São Vicente (SP), a primeira vila brasileira, além de Santarém (Portugal), onde Cabral morreu.
Na cidade portuguesa, será aberta, com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente de Portugal, Jorge Sampaio, a Casa do Brasil, local onde está hoje a Casa de Cabral, que se supõe ter sido a última residência do navegador.
A inauguração da casa e da restauração do conjunto arquitetônico, que inclui ainda a Igreja da Graça (onde estão os restos mortais de Cabral), acontecem também hoje, data em que, há 500 anos, o navegador e sua armada de 13 caravelas e cerca de 1200 homens -a maior frota até então organizada em Portugal-, deixaram seu país em direção às Índias e acabaram chegando ao Brasil.
A exposição pretende aproximar o público da figura do navegador, nomeado pelo rei d. Manuel capitão-mor da armada que faria a primeira expedição às Índias depois do retorno de Vasco da Gama, em agosto de 1499.
Na exposição, integrada por painéis fotográficos em forma de cubos, poderão ser vistas reproduções de pinturas que retratam o Descobrimento e personagens da época, além de documentos, como o fac-símile da famosa carta de Pero Vaz de Caminha dando conhecimento ao rei sobre a descoberta das novas terras.
Na Casa do Brasil, em Santarém, planejada para ser um pólo cultural entre a história dos dois países, acontece ainda a exposição "Moedas Portuguesas da Época dos Descobrimentos", com peças raras pertencentes ao acervo do Museu Histórico Nacional português. Ainda não está prevista a vinda da mostra ao Brasil.
Depois das capitais, a exposição "O Viajante do Rei" percorrerá cerca de 300 cidades do interior do Brasil até o final do ano. Para quem está curioso, já é possível apreciar as imagens e saber mais sobre o navegador via Internet (www.cabral.art.br).
No site estão informações sobre Cabral e um pouco dos primórdios do Brasil, em textos que contam com a colaboração de especialistas na história do Descobrimento, como o contra-almirante Max Justo Guedes, diretor do Patrimônio Histórico e Cultural da Marinha e fonte de informação da maioria dos livros que se vêm publicando sobre o período.
Em São Paulo, "Cabral, o Viajante do Rei" pode ser vista na Estação Júlio Prestes (pça. Júlio Prestes, s/nº, região central).


Exposição: Cabral, o Viajante do Rei Quando: a partir de hoje Onde: nas capitais brasileiras, em Ribeirão Preto e São Vicente (SP), e em Santarém (Portugal) Patrocínio: Odebrecht e Fundação Banco do Brasil
Quanto: entrada franca


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