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ERUDITO
Regente Roberto Minczuk anuncia atrações, como Kurt Masur, Nelson Freire, Valentina Lisitsa e Arnaldo Cohen
Temporada da OSB abriga efemérides
e contemporâneos
IRINEU FRANCO PERPETUO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O maestro alemão Kurt Masur,
os pianistas Nelson Freire, Valentina Lisitsa e Arnaldo Cohen e a
violinista Nadja Salerno-Sonnenberg são os principais destaques
da temporada 2006 da Orquestra
Sinfônica Brasileira da Cidade do
Rio de Janeiro, anunciada ontem.
Mantida pela Prefeitura do Rio
de Janeiro e pela Companhia Vale
do Rio Doce, a OSB tem como diretor artístico, desde meados do
ano passado, o regente paulista
Roberto Minczuk, que se desligou
da Osesp, onde era diretor artístico adjunto. Minczuk montou
uma temporada com 50 concertos, 20 dos quais divididos em
quatro séries de assinaturas, com
cinco apresentações cada uma:
Ametista Noturna, Turmalina
Pianistas, Topázio Vesperal e
Ônix Noturna. Os preços das assinaturas variam entre R$ 60 e R$
404, e as apresentações acontecem no Teatro Municipal -para
maio de 2008 está prometida a
inauguração da Cidade da Música, um ambicioso complexo na
Barra da Tijuca que deve funcionar como sede da orquestra.
Minczuk, que divide suas atividades no Rio com a direção da
Orquestra de Calgary, no Canadá,
e do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, promete passar bastante tempo no
Rio: "Já me considero cidadão carioca, estou morando aqui e vou
reger pelo menos metade dos
concertos da orquestra".
A temporada 2006 deve lembrar
as efemérides de 250 anos de Mozart, do centenário de nascimento
de Chostakovitch e dos 150 anos
de morte de Schumann, compositor do qual a sinfônica vai interpretar as quatro sinfonias.
O primeiro concerto acontece
dia 25, quando, sob a batuta de
Minczuk, a OSB toca a orquestração de Mozart para o oratório "O
Messias", de Händel, com um
quarteto solista que destaca a soprano Donna Brown, com a qual
ele gravou as "Bachianas Brasileiras nš 5", de Villa-Lobos, pelo selo
escandinavo Bis.
O mestre do classicismo austríaco será lembrado ainda na série Turmalina Pianistas, na qual
os cinco solistas convidados tocarão pelo menos um concerto para
teclado do compositor, destacando a russa Valentina Lisitsa e os
cariocas Jean Louis Steuerman e
Eduardo Monteiro.
Velho amigo de Minczuk, o
maestro germânico Kurt Masur,
78, rege o concerto que tem como
convidado o pianista carioca radicado nos EUA Arnaldo Cohen.
Por sua vez, o pianista mineiro
Nelson Freire é o solista da aparição da OSB no festival de Campos
do Jordão, em 15/7, tocando ainda
com a orquestra, no Rio, em 12/8.
Outro nome internacional de
peso é a violinista Nadja Salerno-Sonnenberg, que apresenta o primeiro concerto de Chostakovitch
para seu instrumento no dia 26.
Afirmando que "a orquestra
sinfônica não pode ser só um museu de obras-primas do passado",
Minczuk abre também espaço para a música contemporânea. Em
30/9, ele rege a estréia mundial de
"Who Cares if She Cries", de Jocy
de Oliveira, ficando para o dia 4/
10, junto do "Réquiem", de Mozart, "On the Transmigration of
Souls", dedicada às vítimas dos
atentados do 11 de Setembro pelo
compositor minimalista norte-americano John Adams.
O jornalista Irineu Franco Perpetuo
viajou ao Rio de Janeiro a convite da OSB
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