São Paulo, sábado, 9 de maio de 1998

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ARTES PLÁSTICAS
Uma série de eventos, entre eles exposições e mostra de cinema, comemoram o aniversário
Museu de Arte Moderna do Rio faz 50 anos

da Sucursal do Rio

Os 50 anos do MAM/RJ (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro), completados na última terça-feira, serão comemorados ao longo deste ano com uma série de eventos que incluem exposições, mostras de cinema, seminários e o lançamento de um livro.
A inauguração das exposições "Do Modernismo ao Neoconcreto" e "Pinturas Contemporâneas da Índia" e da mostra "Cinema: Uma Arte Moderna" deu início às comemorações.
A mostra "Do Modernismo ao Neoconcreto" reúne 16 importantes obras da coleção Gilberto Chateaubriand e do acervo do MAM. Entre elas, estão o quadro "A Japonesa", de 24, da pintora modernista Anita Malfatti, e "Ogiva", de Alfredo Volpi, dos anos 70.
O movimento neoconcretista, que aconteceu a partir dos anos 50, está representado por esculturas de Amilcar de Castro e Frans Weissman, entre outros.
"Pinturas Contemporâneas da Índia" é composta por 40 obras do acervo da Galeria Nacional de Arte Moderna de Nova Déli. São telas que mostram diversas correntes, como expressionismo, surrealismo e abstracionismo.
A cinemateca do MAM, para comemorar os 50 anos do museu, organizou a mostra "Cinema: Uma Arte Moderna", que, até o dia 31 deste mês, vai exibir clássicos do cinema nacional e internacional.
Entre os filmes estão "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade, "Acossado", de Jean-Luc Godard, e "Um Corpo Que Cai", de Alfred Hitchcock.
História
O MAM/RJ foi fundado em 5 de maio de 48 por entusiastas da arte liderados por Raimundo Castro Maia.
Desde a sua criação até hoje, foram organizadas no museu mais de mil exposições de artistas nacionais e estrangeiros.
Lá também foram realizados diversos movimentos artísticos, como o "Opinião 65", em 65, um esforço de resistência contra o regime militar (1964-85).
Vieram depois os movimentos "Opinião 66" e "Nova Objetividade", que deram partida para a pop art brasileira.
Em 78, o MAM foi atingido por um incêndio que destruiu quase toda sua coleção e seu prédio.
Atualmente, seu acervo reúne cerca de 2.000 obras. Em 93, o museu incorporou, em regime de comodato, a coleção Gilberto Chateaubriand, que conta com cerca de 4.000 obras da arte brasileira moderna e contemporânea.



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