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MÚSICA
Programa revê complexidade do Massive Attack
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
Seria um pouco demais esperar
profundidade extrema de um
programa de apenas meia hora
sobre o Massive Attack, uma das
mais complexas bandas de música eletrônica, formada há mais de
15 anos. Em sua brevidade, "Planet Rock Profiles" dá uma bela
contextualizada na relevância do
grupo inglês, que em maio último
realizou dois ótimos shows em
São Paulo.
A complexidade já aparece ao
chamar a dupla (Daddy G e Robert "3D" del Naja) de Bristol de
"música eletrônica". É eletrônica,
trip hop, mas ao vivo é feita por
banda, destacando ainda mais as
características dub, punk e reggae
do Massive Attack.
O grupo, hoje uma dupla, já foi
um trio (com Andrew "Mushroom" Vowles). Antes, era um coletivo de artistas, designers, músicos, ativistas e agitadores, chamado Wildbunch (Isso no começo
dos anos 80, muito antes de o
"conceito" virar o que virou hoje,
quando basta que dois ou três DJs
ou músicos brinquem juntos para
se dar o nome de "coletivo".).
O programa passa rapidamente
pela primeira fase do grupo para
centrar fogo na produção e repercussão do CD de estréia do Massive, o fantástico "Blue Lines" (91).
O segundo álbum, "Protection",
não fez sucesso com o público em
1994 e não fez sucesso com os produtores desse programa, que apenas cita o disco. Pior é a completa
omissão de "No Protection: Massive Attack vs. Mad Professor", álbum de 1995 no qual Mad Professor remixa e dá nova vida às canções da banda. Esse é um disco do
Massive Attack, e deveria estar ali.
Em seguida, Del Naja e Daddy G
falam sobre a saída de Mushroom
(que queria levar o grupo mais
para o rap, e não para o rock ou o
reggae) e sobre as diversas cantoras convidadas a participar dos
discos (Shara Nelson, Liz Fraser,
Tracey Thorn). E segue pelos dois
mais recentes álbuns da banda,
"Mezzanine" (99) e "100th Window" (2003).
PLANET ROCK PROFILES: MASSIVE
ATTACK. Quando: hoje, às 21h, no
Eurochannel.
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