São Paulo, sexta-feira, 09 de julho de 2004

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MÚSICA

Programa revê complexidade do Massive Attack

THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

Seria um pouco demais esperar profundidade extrema de um programa de apenas meia hora sobre o Massive Attack, uma das mais complexas bandas de música eletrônica, formada há mais de 15 anos. Em sua brevidade, "Planet Rock Profiles" dá uma bela contextualizada na relevância do grupo inglês, que em maio último realizou dois ótimos shows em São Paulo.
A complexidade já aparece ao chamar a dupla (Daddy G e Robert "3D" del Naja) de Bristol de "música eletrônica". É eletrônica, trip hop, mas ao vivo é feita por banda, destacando ainda mais as características dub, punk e reggae do Massive Attack.
O grupo, hoje uma dupla, já foi um trio (com Andrew "Mushroom" Vowles). Antes, era um coletivo de artistas, designers, músicos, ativistas e agitadores, chamado Wildbunch (Isso no começo dos anos 80, muito antes de o "conceito" virar o que virou hoje, quando basta que dois ou três DJs ou músicos brinquem juntos para se dar o nome de "coletivo".).
O programa passa rapidamente pela primeira fase do grupo para centrar fogo na produção e repercussão do CD de estréia do Massive, o fantástico "Blue Lines" (91).
O segundo álbum, "Protection", não fez sucesso com o público em 1994 e não fez sucesso com os produtores desse programa, que apenas cita o disco. Pior é a completa omissão de "No Protection: Massive Attack vs. Mad Professor", álbum de 1995 no qual Mad Professor remixa e dá nova vida às canções da banda. Esse é um disco do Massive Attack, e deveria estar ali.
Em seguida, Del Naja e Daddy G falam sobre a saída de Mushroom (que queria levar o grupo mais para o rap, e não para o rock ou o reggae) e sobre as diversas cantoras convidadas a participar dos discos (Shara Nelson, Liz Fraser, Tracey Thorn). E segue pelos dois mais recentes álbuns da banda, "Mezzanine" (99) e "100th Window" (2003).


PLANET ROCK PROFILES: MASSIVE ATTACK. Quando: hoje, às 21h, no Eurochannel.


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