|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Não imitamos a Disney, diz presidente da Nick
MARIANE MORISAWA
da Redação
Em seu terceiro filme, a Nick
Movies alcançou a marca dos US$
100,4 milhões -inédita até então
para um desenho não produzido
pela Disney ("Rugrats" ganhou,
um pouco depois, a companhia
de "O Príncipe do Egito", da
DreamWorks, com US$ 101,2 milhões). Não é à toa que o jovem estúdio já está produzindo a sequência de "Rugrats - O Filme -
Os Anjinhos", que deve ser lançada no ano que vem.
"Acho que o sucesso de "Rugrats" se deve ao fato de que todos
se identificam com o filme, é sobre família, rivalidade entre irmãos, o que acontece quando um
bebê nasce. O filme traz temas
contemporâneos", afirmou o presidente da Nick Movies, Albie
Hecht, à Folha, em São Paulo, onde esteve para promover a primeira animação da companhia.
Segundo Hecht, o fato de a Nickelodeon bater na animação os
grandes estúdios, como Fox
("Anastasia", US$ 58,3 milhões),
Warner ("A Espada Mágica", US$
22,7 milhões, e "O Rei e Eu", US$
11,9 milhões) e DreamWorks
("Formiguinhaz", US$ 90,7 milhões), se deve por ter oferecido
um produto diferenciado.
"Os outros estúdios não foram
tão bem-sucedidos quanto nós
porque tentaram seguir a trilha da
Disney, que é muito difícil de bater na animação clássica. Nós sabíamos que queríamos ir para o
lado contrário. Ficamos muito satisfeitos em saber que o público
veio conosco. Nosso sucesso vem
de que não tentamos imitar a Disney", afirmou Hecht.
"Achamos que poderíamos ser
diferentes no campo da animação
de cinema, como sempre fomos
na TV. E só poderíamos sê-lo fazendo desenhos contemporâneos, sobre crianças, famílias, temas reais, não contos de fadas."
E a Nickelodeon quer mais sucesso. O grande hit da programação atual, "Pistas de Blues", também está com um longa-metragem em produção, que deve ser
lançado -talvez diretamente em
vídeo- no ano 2000.
A produtora pretende estrear
um filme de animação por ano,
além de longas com crianças como heroínas e produções para a
família. Também na linha de produção estão um desenho baseado
no programa da Nickelodeon
"Hey, Arnold" e outro na história
em quadrinhos "Bone".
E Hecht não tem medo de que,
após o sucesso, a Nickelodeon comece a ser imitada também? "Toda vez que tentam nos copiar começamos a fazer algo diferente.
Foi assim com os game shows para crianças. Começamos a fazer
sitcoms. Nós não ficamos parados."
Texto Anterior: Cinema - "Rugrats": Bebês da TV viram astros da tela grande Próximo Texto: Anjinhos se espelham em crianças reais Índice
|