São Paulo, Quinta-feira, 09 de Setembro de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Filmes tinham pouco dinheiro

de Londres

O primeiro filme do Monty Python para o cinema foi pensado como uma introdução da trupe para o público norte-americano. Com um orçamento de apenas 80 mil libras (cerca de US$ 136 mil), os comediantes gravaram esquetes humorísticos com sátiras sobre a sociedade britânica. O filme, de 71, foi chamado de "E Agora Algo Completamente Diferente".
Interessados por cinema, começaram a pensar num roteiro fora dos moldes de esquetes de TV.
"Monty Python em Busca do Cálice Sagrado" (75) conta a história de um grupo de confusos cavaleiros medievais atrás do Graal. O orçamento ainda era pequeno para reconstruir todo o aparato medieval; optou-se, então, por não usar cavalos: os cavaleiros batiam cascas de coco para fazer o barulho do trote.
Em "A Vida de Brian" (79) o grupo usou uma série de piadas bíblicas que já existiam na série televisiva. Apesar do sucesso do filme anterior, não havia dinheiro suficiente para bancar a produção. A doação definitiva para a filmagem foi feita pelo beatle George Harrison, fã do grupo.
Segundo Jon Cleese, Harrison só cedeu 4 milhões de libras porque "queria de qualquer jeito assistir o filme". Harrison acabou, também, fazendo uma ponta na produção.
"A Vida de Brian" conta a desastrada história de um contemporâneo de Jesus que se engaja numa organização secreta contra os conquistadores romanos.
Para fugir de uma perseguição, Brian se faz passar por um profeta e faz um discurso em praça pública, mas é mal compreendido pelo povo até o fim.
Já em "O Sentido da Vida" (83), o Python retornou ao formato de esquetes. O filme traz vários questionamentos existenciais que são assistidos por um grupo de peixinhos que se pergunta "qual é o sentido da vida"? (SC)

Texto Anterior: Balzaquiano, Monty Python volta a "armar o circo" na TV
Próximo Texto: Livro conta piadas não aproveitadas do grupo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.