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Com coordenação editorial de Heloísa Lustosa, publicação reproduz de Frans Post à arte contemporânea brasileira
Catálogo apresenta destaques do MNBA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Além de se fazer presente nas
131 obras da mostra "Imagem e
Identidade: Um Olhar Sobre a
História", o Museu Nacional de
Belas Artes (MNBA) chega a São
Paulo na publicação "Acervo",
um catálogo que apresenta, em
284 páginas, os destaques da instituição. O livro é patrocinado pelo
Banco Santos, também promotor
da exposição que entra hoje em
cartaz.
"Uma das funções de nossa instituição é a preservação da memória. Por isso, estabelecemos
uma parceria com o MNBA e a
primeira iniciativa foi a organização de seu catálogo", afirma Edemar Cid Ferreira, presidente do
Banco Santos.
A sequência da parceria levou
ao Rio, no mês passado, a mostra
"Tesouro dos Mapas", que inaugurou o Instituto Cultural Banco
Santos, e recebeu 20 mil visitantes, em São Paulo. A exposição
"Imagem e Identidade" é a terceira fase do acordo entre as instituições, e a restauração de duas importantes obras do museu - a tela "A Primeira Missa", de Vítor
Meireles, e a escultura "Alegoria
do Império Brasileiro", de Chaves
Pinheiro"- a próxima etapa.
O catálogo, que tem coordenação editorial de Heloísa Lustosa,
diretora do MNBA, reproduz a
abrangente coleção do museu,
que contém desde pinturas de
Frans Post, do século 17, até expoentes da arte contemporânea
brasileira, como Ana Maria Maiolino. A maior parte do livro é dedicada às obras do século 19, principal coleção do acervo.
O MNBA possui em seu acervo
mais de 16 mil peças e a sua maioria (80%) é composta por obras
em papel. O novo catálogo apresenta cerca de 300 peças e grande
parte delas foi trazida a São Paulo.
A coincidência parece óbvia: "São
os ícones do museu, suas peças
mais importantes", diz Cid Ferreira.
Além de apresentar as obras-primas do MNBA divididas em
séculos, do 17 ao 20, o catálogo
ressalta as "coleções específicas
importantes". No texto de abertura desta seção, o MNBA é comparado ao Louvre, de Paris, por "ser
um museu de arte do tipo enciclopédico".
Assim, são ressaltadas as pinturas italianas do maneirismo barroco, as pinturas holandesas e flamengas, do século 15 ao 17, e as telas impressionistas de Louis Eugène Boudin, entre outros.
Ao contrário de grande parte
dos livros de arte produzidos recentemente no Brasil, o catálogo
do MNBA não foi realizado com
apoio das leis de incentivo à cultura. "Temos por princípio não usar
da renúncia fiscal para ações de
nossa instituição, pois isso não seria democrático", diz Cid Ferreira.
(FABIO CYPRIANO)
ACERVO. Coordenação editorial: Heloísa
Aleixo Lustosa. Edição: Instituto Cultural
Banco Santos (284 págs., preço
indefinido).
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