MÔNICA RODRIGUES DA COSTA
EDITORA DA FOLHINHA

"Planeta do Tesouro" é a segunda adaptação da Disney do romance "A Ilha do Tesouro", de Robert Louis Stevenson (1850-1894). A primeira, de 1950, foi uma versão live-action. O desenho que estréia hoje foi dirigido por John Musker e Ron Clements, que fizeram "A Pequena Sereia", "Aladdin" e Hércules".
A maior atração é a beleza plástica. O filme mistura cenários do século das caravelas com paisagens futuristas.
Mas "Planeta do Tesouro" cansa um pouco pelo enredo complexo -o filme é recomendado para maiores de sete anos. A trama principal mostra a relação do garoto Jim com o ciborgue John, um pirata malvado que simpatiza com o menino e assume a função paterna de orientá-lo.
A história parece muito com a de Stevenson, especialmente na forma direta, quase cruel, de tratar da vida de um adolescente entre 12 e 15 anos que ajuda a mãe a manter uma estalagem e tem de conviver com um pirata aterrorizador chamado Capitão.
Jim tem comportamento anti-social, é pego pela polícia e ameaçado de perder sua liberdade condicional. Ele muda de vida quando decide viajar com um amigo da mãe depois de encontrar um mapa que leva a um planeta onde um tesouro está guardado.
A dupla viaja guiada por uma capitã que domina artimanhas tecnológicas e velocidade futurística. De cara, são enganados e viram empregados da tripulação que contrataram para a peripécia.
Ao partir para o espaço, ninguém usa vestimentas de astronautas, pois há na caravela recurso contra a falta de gravidade.
As aventuras são um show de design, um misto de alta tecnologia de efeitos especiais com desenhos delicados e cheios de detalhes coloridos.

Planeta do Tesouro
Treasure Planet
   
Direção: John Musker e Ron Clements
Produção: EUA, 2002
Quando: a partir de hoje nos cines Center Norte 1, Interlagos 9 e circuito