São Paulo, sexta, 10 de abril de 1998

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Brasil teve revista em 72

free-lance para a Folha

A Argentina ganha o primeiro número da edição da "Rolling Stone", mas não é a pioneira em terras latinas a ter licença para publicar o periódico. A revista circulou durante um ano, em português, no Brasil, em 1972, quando faliu.
Prestes a publicar a edição comemorativa de um ano da revista no Brasil, em janeiro de 1973, os diretores Michael J. Killinbeck e Theodore George decretaram a morte da "Rolling Stone" brasileira, que chegou a ter Caetano Veloso em uma de suas capas.
Os motivos: salários atrasados dos jornalistas e dívidas polêmicas. A primeira editora da revista foi a Fon-Fon -depois passou a ser impressa pelos Diários Associados-, que entrou com uma queixa-crime contra os diretores e cobrava uma dívida de cerca de R$ 23 mil, em valores da época.
Outros R$ 33 mil, também em valores do período, eram cobrados referentes desde salários atrasados até dívidas com papel.
O editor da "Rolling Stone", Luís Carlos Maciel, contra-argumentava afirmando que a revista tinha uma receita de R$ 78 mil em anúncios e vendia 10 mil exemplares por mês.
"Rolling Stone" foi criada no mesmo período dos jornais "Flor do Mal" (de "O Pasquim") e "Presença", publicações underground de contracultura.
(MARCELO NEGROMONTE)




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